Pieces of a Woman: Críticas

Minha opinião:

Vanessa Kirby, concorre ao Oscar de melhor atriz. Fez um trabalho bom, na minha opinião não passa de uma nota 8.

Li que devido ao recente escândalo que envolve o seu par no filme, o ator Shia Lebouf, acusado de abusos físicos e emocionais por ex-namoradas.

Sim, você leu isso mesmo. O que tem a ver a atriz com isso?

Bom, infelizmente na minha opinião, as pessoas misturam obras artísticas, com o que o artistas fazem na sua vida pessoal.

Boicotam o filme e todo mundo paga por isso.

Parece que a obra é só do acusado e as milhares de pessoas envolvidas no longa metragem?

Um absurdo total.

O roteiro é regular, não achei o filme nada demais.

Se tem algo que merece destaque realmente é a atuação da Vanessa e que não é a melhor do ano passado.

Disponível na netflix.

Apenas "mais ou menos". Algumas coisas não ficaram muito claras no enredo. Boas atuações e boa fotografia, para mim, não foi suficiente para elevar essa produção muito acima do mediano. Leva duas estrêlas e meia. Regular!

(Insta: @cinemacrica) A precisão do título da obra é formidável. Representar de forma fidedigna fragmentos específicos da existência de uma mulher é o que de fato se vê em "Pieces of a Woman". Muito do crédito deve-se às escolhas precisas de montagem e direção, mas a atuação de Vanessa Kirby no papel de Martha merece todo o alarde conferido.
Apesar de poder antecipar o drama central, pois está presente em qualquer sinopse, acho prudente apenas dizer que a fagulha narrativa deriva da porção maternal da vida de uma mulher que terá o primeiro filho. Isso porque ao longo da evolução dramática, o ato introdutório é o mais poderoso. Uma câmera inquieta e flutuante humaniza o trabalho de parto realizado na residência de Martha. Os longos planos sequência e preenchimento rico de elementos pertinentes ao momento tornam uma potencial commodity numa experiência sufocante.
Apesar disso, os episódios seguintes, que da mesma forma humanizam com competência esses fragmentos da vida feminina, não têm a mesma força. A vitalidade dramática, por fim, encontra na resolução o ponto mais elevado de negligência em tangibilizar a tempestade psicológica da protagonista até chegar àquele ponto. Também não agregam algumas metáforas inseridas a força, como por exemplo as constantes referências à maçã num paralelo ao ciclo da vida humana.
Entre altos e baixos, é um filme diferenciado em democratizar as dores particulares do universo feminino.

O filme é excelente! Com um elenco de peso e uma trama muito bem desenvolvida, o filme transmite a agonia de se perder um filho de maneira muito real! Além disso, ele conta com uma abordagem psicológica de todos os personagens genial! Vale a pena!

Vanessa Kirby indicada ao oscar e mais que merecido, numa atuação espetacular. Um filme impactante e tem seu 30 minutos iniciais de tirar o folego e é preciso ter estomago, já no 3° ato perde em energia. Pieces of a Woman é atrativo e forte.

Os 30 primeiros minutos de “Pieces of a Woman”, filme dirigido por Kornel Mundruczó, são bem pungentes. Nele, acompanharemos o parto da primeira filha do casal formado por Sean (Shia LaBeouf) e Martha (Vanessa Kirby). A decisão deles foi por um parto domiciliar, para o qual eles estão bem preparados. O que eles não esperavam era que, devido às complicações, a bebê acaba falecendo minutos após nascer.

Desta forma, o roteiro escrito por Kata Wéber acompanha os seis meses que se seguem após a morte da bebê. A dor e a vivência do luto nos são passadas ao extremo e em detalhes de composição de personagem, como o uso do absorvente pós parto e do gelo no seio de Martha (afinal, seu corpo entende que ela vivenciou o parto e que deu à luz uma nova vida), na falta de cuidado com ela mesma (preste atenção nas unhas descascadas e na geladeira vazia da casa) e na maneira como o seu relacionamento com Sean vai degringolando e em como os seus relacionamentos familiares são desenhados.

Aqui, gostaria de fazer um adendo, ressaltando algo que é quase uma constante em filmes que abordam esta temática do luto: a forma como estas obras nos mostram a dor da perda como um elemento de cisão, e não como algo aglutinador. Ao invés de construirmos pontes, quebramo-las, nos isolando uns dos outros e julgando uns aos outros.

Apesar disso, ao mesmo tempo, a beleza de “Pieces of a Woman” está no fato de que ele nos retrata que a dor permanece de diversas formas na nossa vida, mas que, de alguma forma, a nossa existência, mais cedo ou mais tarde, continuará e as sementes germinarão novamente. Até que Martha chegue a essa conclusão, será uma jornada dolorosa - potencializada pelas excelentes atuações de Vanessa Kirby (vencedora do prêmio de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de de Veneza 2020 e possível indicada ao Oscar 2021 da categoria), de Molly Parker (numa performance que fala mais pelo não expresso em palavras, e sim em sentimentos) e Ellen Burstyn.

Filme impressionante que dá náuseas e calafrios nos primeiros 30 minutos durante o parto natural em casa. A atuação da indicada ao Oscar Vanessa Kirby é impressionante, uma atriz que fala somente com o olhar. Enfim um visto que vale ser visto por tratar de assuntos tão delicados e polêmicos. RECOMENDO!!!!

Vanessa Kirby está perfeita, nesse filme intenso e dramático. São poucas as abordagens sobre o luto materno, e o filme foi amplo em todo o contexto, mostrando principalmente, como cada um lida de uma forma diferente com a perda.

A Bíblia diz que as dores do parto da mulher é um castigo de Deus por Eva ter comido o fruto proibido. Sendo a maçã a representação simbólica desse fruto proibido, vemos toda a dor do parto da protagonista refletida na sua obsessão por maçãs.
Dada a mensagem de perdão que em certo momento filme quer transmitir, é possível enxergar uma certa provocação ao castigo eternamente punitivo de Deys,.

Essa foi uma interpretação livre que fiz, baseado somente no palpite. Talvez esteja extraindo coisas demais do roteiro, procurando alguma virtude por ter gostado da história. Mas não posso negar que ele dá seus tombos, que são expressivos. Resoluções de personagens abruptas, metáforas cafonas, atitudes questionáveis, são alguns exemplos. No entanto, essas falhas são acompanhadas de bons diálogos que mantém a finesse que os personagens exigem.

Inclusive, atuações são os pontos fortes aqui. Não fosse a entrega e o talento dos atores, o filme correria o risco de ser insosso. A fotografia é bonita e a direção também me agradou muito, por ser ambiciosa e habilidosa o bastante para entregar o que propõe. O que não é pouco, a cena inicial de imersão no parto é agonizante e os momentos seguintes de luto e desespero também estão caprichados.

Só não está melhor pela trilha sonora. Achei que em alguns momentos ela tenta induzir uma sensação no espectador, enquanto o personagem está claramente sentindo outra coisa. Me incomodou mais de uma vez esse desencaixe.

Pieces of a Woman é um denso filme sobre luto e tem um atmosfera inquietante. Não fossem os delizes do roteiro, teria pompas o suficiente pra carregar a interpretação um tanto ousada que mencionei no começo da crítica.

Paradissimo, 15 minutos numa só cena, pra mulher e tudo uma barra pro homem e só questão de dinheiro, o final faltou dinheiro pra produção e ficou por isso mesmo, faltou metade de um filme aí...