Anna, não intencionalmente, pode despertar um conflito interno no espectador mais inclinado a problematizar suas nuances. Que Heitor Dhalia, enquanto diretor, possui um apurado senso de estética e forma já é sabido, mas neste novo longa é o seu discurso que incomoda. Diante de tantos acertos técnicos, como na montagem e design de produção, que peso dedicar ao tropeço de retratar um relacionamento abusivo de forma tão romantizada?Para contar sua mais nova história, Dhalia mergulha no mundo do teatro para apresentar o aclamado diretor Arthur (Boy Olmi) e sua pupila Anna (Bela Leindecker), que trabalham arduamente nos ensaios de uma nova adaptação de Hamlet, escrito por William Shakespeare. É interessante que o processo artístico seja tão intenso, que se torna difícil para o espectador notar a passagem do tempo, ainda mais se observado que as interações acontecem quase que exclusivamente no
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