Antes da crítica, preciso reclamar um pouco: odeio a maioria os títulos que escolhem para a versão publicada no Brasil. A grande parcela sempre é o título original com algum subtítulo idiota. No Brasil, BAC Nord, A Fortaleza nos Estados Unidos, virou BAC Nord: Sob Pressão. Ridículo.
BAC Nord é um filme depressivo. Rapidamente, simpatizamo-nos com o time de mocinhos: Greg, Yass e Antoine. Eles são da Brigada Anti-Crime (BAC), um departamento de polícia regido pela mesmice de serem sombra do crime organizado. Seu dia a dia se resume a escovar gelo, como dizemos no Brasil. Mas as coisas mudam com a possibilidade de poderem acertar contas com a organização criminosa que rege um complexo residencial. A sacada é que tudo isso precisa acontecer por debaixo dos panos.
Acompanhamos os mocinhos nessa jornada. A missão é simples e, no geral, pouca coisa acontece. Metade do filme é desenvolvimento de personagens.
As coisas se complicam a partir do meio do filme. A situação é tensa o suficiente para nos manter presos ao filme. A história também parece razoavelmente convincente a ponto de não questionarmos a progressão dos fatos.
A reviravolta, apesar de esperada, acontece de forma natural e causa impacto forte. Gostei da abordagem que usaram para desenrolar os fatos do conflito final.
O único ponto negativo que levanto é que nada grave ocorre. Mesmo o conflito final não resulta em algo realmente péssimo.
Não recomendo este filme se você procura ação frenética, mirabolante. Este é um filme lento sobre frustração, amizade, corrupção e injustiça.
filme muito bom, mostra que a estrutura da policia francesa é parecida com aqui do Brasil. Só que nesse filme a um respeito grande da policia pelo vagabundo, não acredito que na França seja assim. Aqui no Brasil a vagabundagem não tem moral.
A dicotomia esquerda-direita chegou ao Adoro Cinema. Gente entrando no site não para criticar o filme, o desempenho dos atores ou o trabalho da direção. Não. Gente defendendo que polícia não pode ser mostrada como ela é muitas vezes. O filme mostra que policiais, sejam eles do Brasil, dos EUA, da China ou de Uganda, são muitas vezes tentados a usar dos mesmos meios que os marginais usam para se enriquecer ou, para o caso em tela neste filme, para desmantelar quadrilhas poderosas de traficantes.. Não é "Bac Nord" que traz isso para nosso conhecimento, é a vida real. Esta gente que critica o filme vive numa realidade paralela, definitivamente não lêem jornais, não vêem TV e tampouco têm acesso à Internet para uma defesa de quê Polícia? Da França? O filme é verdadeiro, o elenco é primoroso em suas atuações e quem tem um mínimo de conhecimento do que sejam as periferias de Paris e Marselha, sabe que só com olhar eletrônico para ver a diferença entre polícia e marginalidade. Dou **** (4 estrelas) com méritos. Filme excelente. Elenco ótimo. Direção precisa.
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