Resistir, lutar, nunca desistir e, no fim das contas, triunfar, talvez. Nenhuma destas ações chama à lembrança o verbo “empatar” quando se leva em consideração a língua portuguesa oficial, vernacular, dos dicionários, jornais e documentos, entre outros meios. Mas um idioma é uma entidade viva, é um fenômeno que se produz e cujas palavras e sonoridades são alteradas por aqueles que as vivem, distantes da frieza das letras. E em uma nação de dimensão continental como o Brasil, para empregar o clichê mais do que nunca necessário e verdadeiro, o documentário Empate prova que seu verbo-titular possui uma variante muito específica que não significa “ter os pontos iguais aos do adversário” — muito pelo contrário, aliás.Resgatando a memória do ambientalista Chico Mendes, assassinado há 30 anos por lutar pelos direitos à terra dos seringueiros em Xapuri, cidade do interior do Acre, a não-ficção d
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