O filme em questão tem muito a ser aproveitado e que corresponde a uma satisfação em termos de quem realmente está a procura de entender um pouco mais sobre o episódio histórico da Crise dos Mísseis, auge da Guerra Fria. De caráter visivelmente hollywoodiano e romântico, porém, deve-se assistir com certo criticismo, pois o então presidente John F. Kennedy é apresentado como pacifista e humanitário, tendo-se no entanto, que fora o mesmo quem enviara tropas ao Vietnã durante a guerra de mesmo nome. O positivo do filme é a exaltação dos conflitos internos do poder político norte-americano, afinal, é extremamente claro o desejo dos militares e demais forças em travar uma guerra a qualquer custo, por questões hegemônicas e de orgulho próprio. O filme incia-se logo com a apresentação de imagens satelitais de possíveis mísseis SS-4 localizados em Cuba a meros 150 km da Flórida, o que representava então um risco enorme aos estadunidenses, instalados por sua não menos que "pior inimiga", URSS. Kennedy é posto entre a cruz e a espada, tendo a sua frente três grandes propostas para conter um possível ataque soviético, duas delas apresentadas pelos chefes dos exércitos e uma por seu auxiliar. Eram elas: 01) Atingir os mísseis com um ataque direto; 02) Tomar posse do território cubano - o que remetia ao falho movimento de Invasão da Baía dos Porcos- e; 03) Bloqueio aos navios soviéticos em direção à Cuba, que apenas passariam mediante terem sido liberados na fiscalização americana. A terceira opção é a escolhida e vemos no filme que o presidente foi extremamente pressionado em vários momentos a aceitar as propostas que acarretassem em confronto direto, o que sem dúvida alguma decorreria na temida 3ª Guerra Mundial. Cenas de pessoas comprando diversos e vários produtos em enormes quantidades, e treinamentos em colégios em caso de bombardeios, são presentes na ilustração. Realmente, com a emoção dos fatos, parece que ocorreria uma guerra, mas vemos ao fim, que foram não mais nem menos que "13 Dias que Abalaram o Mundo".