Uma frenética orquestra percussiva, de sonoridade encorpada e ritmo altivo, anuncia a entrada triunfal da Rainha Nzinga, uma das mais importantes figuras das histórias africana e negra. Líder do Reino do Ndongo, território que hoje faz parte da Angola, a monarca foi responsável por enfrentar, em pé de igualdade, os avanços imperialistas e escravagistas dos portugueses, nos idos do século XVII, um passado que pode ser distante, mas que ainda se faz muito presente. Porque a relevância e a memória da alteza, voluntariamente esquecidas por aqueles que construíram a História, são resgatadas pelo documentário . A protagonista desta não-ficção, contudo, não é a soberana do Ndongo, mas sim uma comunidade inteira: a do Reino Treze de Maio, uma irmandade negra de caráter essencialmente religioso que descende da espiritualidade e das normas praticadas por Nzinga, mas que não está na África. Essa c
Ler a crítica