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Isis Lourenço
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772 críticas
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3,0
Enviada em 31 de dezembro de 2022
Que baita filme! Tanto de duração (+ de 2h), como de tema. É um soco no estômago,revoltante, triste e pesado. Não consigo imaginar a dor dessas crianças e saber que apesar de tanto terem feito e falado, o culpado ainda se encontra lvre como se nada tivesse acontecido. É uma vergonha para a igreja católica e principalmente para ele mesmo. A forma como é feita o filme é interessante, pois retrata várias vítimas e suas dores, pena que o final deixa a desejar. Só Deus mesmo pra julgar, mas que dá raiva dá!
Um dia, Alexandre (Melvil Poupaud) toma coragem para escrever uma carta à Igreja Católica, revelando um segredo: quando era criança, foi abusado sexualmente pelo padre Preynat (Bernard Verley). Os psicólogos da Igreja tentam ajudar, mas não conseguem ocultar o fato de que o criminoso jamais foi afastado do cargo, pelo contrário: ele continua atuando junto às crianças. Alexandre toma coragem e publica a sua carta, o que logo faz aparecerem muitas outras denúncias de abuso, feitas pelo mesmo padre, além da conivência do cardeal Barbarin (François Marthouret), que sempre soube dos crimes, mas nunca tomou providências. Juntos, Alexandre, François (Denis Ménochet) e Emmanuel (Swann Arlaud) criam um grupo de apoio para aumentar a pressão na justiça por providências. Mas eles terão que enfrentar todo o poder da cúpula da Igreja.
O pior de saber que é baseado numa história real saber que não existe só esse caso no mundo muito pelo contrário imagine a quantidade de casas iguais que não acontece e ninguém nunca fica sabendo o perigo pode estar ao lado da nossa casa e ninguém nunca descobrir⭐⭐⭐
(Insta: @cinemacrica) Dessa vez, os escândalos de pedofilia na igreja centram-se na cidade francesa de Lyon. Baseado em fatos reais, “Graças a Deus” expõe não só os inúmeros abusos praticados pelo padre Bernard Preynat, mas a omissão do clero francês frente ao fato. A gravidade da denúncia, portanto, supera o indivíduo e abraça a instituição católica. A abordagem torna-se ainda mais legítima quando os crimes são assumidos pelo autor não apenas em círculos restritos, mas para o alto clero, vítimas e autoridades. A obra tem um início inteligente por se desvencilhar do sensacionalismo de cenas de abuso infantil. O diretor François Ozon avança no tempo e coloca a lente sobre as vítimas já adultas, as digressões para as memórias infantis são sucintas. O detalhamento tem início com o desenho da vida de Alexandre. Aparentemente um profissional bem sucedido e pai de família, o ex-escoteiro e uma das vítimas de Preynat reluta sobre a investida em processar seu agressor. O roteiro, em seguida, se esquiva da vida de Alexandre e faz o mesmo com outro personagem. O processo se repete mais uma vez de forma a sermos introduzidos brevemente à vida de 3 adultos molestados pelo mesmo padre e o mesmo desejo de fazer justiça mesmo que tardiamente. A proposta acaba esticando o filme para além de 2 horas, o que a princípio não é um problema. O que parece não estar bem resolvida é a temática fundamental abraçada por Ozon. Ao abandonar o esmiuçamento dos momentos de criança, o apoio em 3 protagonistas adultos poderia mergulhar num roteiro disposto a ilustrar as consequência da vida adulta após experiências de assédio sexual, ou gerar interesse numa trama que se aproximasse do campo jurídico. No final, os dramas adultos não são sensibilizadores, assim como o ar dos tribunais e delegacias é rarefeito. Filme interessante com diferenciais como o paralelo de realidades distintas, mas cicatrizes em comum. Contudo, não se destaca como ferramenta de exploração de dramas sequelados, nem como um possível “Spotlight” francês.
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