Abandonado pela mãe ao nascer, alcóolatra aos 13 anos, adulto paraplégico. Um personagem principal destes promete muita depressão culminando com um possível suicídio na poltrona. Agora, se o personagem é o cartunista John Callahan, representado por Joaquin Phoenix, dirigido por Gus Van Sant que, só prá humilhar, também faz o roteiro, prepare-se para um excelente exemplo do que o cinema pode fazer por nós, meros mortais. Joaquin Phoenix de cadeirante nos faz crer que de fato o é. Com o que sobra do corpo entrega uma atuação divina. Expressões faciais, olhares e falas muito distantes dos histrionismos da interpretação do Coringa. Cercado por coadjuvantes que sustentam o que for necessário...pronto: um belo filme e, ainda por cima, engraçado.