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    Comeback
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    3,2
    14 notas
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    4 Críticas do usuário

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    Nelson Jr
    Nelson Jr

    11 seguidores 194 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 11 de janeiro de 2023
    Um filme estilo B , mas bastante cru , mostrando a periferia de uma cidade grande., uma das ultimas aparições de Nelson Xavier ., que faz um pistoleiro carrancuco , solitário e nostálgico , que tem saudades dos tempos de matador. O roteiro é fraco, o que vale é a fotografia que é muito boa , a ambientalização.., o manejo das cameras , a direção , trilha sonora! que também é muito bem feita. E deixa a pergunta .. quantas pessoas ser mortas pra ser uma chacina? kkk
    Jairo D.
    Jairo D.

    1.248 seguidores 305 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 11 de outubro de 2017
    "Comeback” é um filme de impressionante força dramática, com um personagem extremamente cativante e cioso de uma violência que explode tanto em sutilezas como em espanto.
    É uma nova aproximação dos famosos faroestes, estrelando um caricato e divertido protagonista. Fugindo do padrão, o longa oferece uma bela opção a ser seguida pelo cinema nacional. O consagrado ator Nelson Xavier repete seu brilhantismo com um esplêndido último trabalho, deixando Amador no topo do pedestal de suas melhores atuações.
    hugoimdb
    hugoimdb

    3 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 10 de outubro de 2016
    Pelas ruas de barro do subúrbio de alguma cidade de Goiás, Amador dirige uma parati prata carregando máquinas de caça-níquel e tentando convencer donos de bares a entrar no negócio das "maquininhas". Aos setenta e poucos anos de idade, sempre com um chapéu na cabeça e um semblante que é ao mesmo tempo sério e sereno, ele não leva muito jeito para a coisa, e no fundo tem sentido falta da época em que punha em prática o seu verdadeiro talento: matar por dinheiro.

    Acontece que de uns tempos pra cá o "dono do bairro" proibiu aquele tipo de violência indiscriminada, por uma razão bastante pragmática. Hoje é possível fazer dinheiro à margem da lei sem causar tanto horror e sem chamar tanta atenção da mídia e das autoridades. O negócio lucrativo das máquinas de caça-níquel é o maior exemplo disso. O problema é que, nesse mercado negro, muitos trabalham e poucos lucram. Amador está entre os que só trabalham, e já está ficando farto dessa situação. Não tolera ter-se tornado um reles subordinado do "Tio", como é conhecido o chefe do crime na região. Tio é um velho conhecido seu, que teve mais sorte que ele na vida do crime e que hoje leva uma vida luxuosa, sendo tratado publicamente como empresário respeitado.

    A insatisfação e o ressentimento de Amador vão-se acumulando silenciosamente spoiler: até transbordarem para o momento em que ele decide fazer um "comeback", algo que alguns temiam mas que pouca gente achava que pudesse realmente acontecer.
    Dessa vez ele não quer apenas recompensas financeiras pelos seus assassinatos. Já está na terceira idade e quer principalmente resgatar a sua honra de pistoleiro respeitado e temido, que não precisa abaixar a cabeça para um falso empresário que vive encastelado e cuja coragem nunca foi demonstrada em combate.

    Enquanto isso, Davi, um velho colega de crime, está à beira da morte em um hospital e manda o neto procurar Amador. O jovem deslumbrado decide se tornar aprendiz de pistoleiro e Amador aceita a função de mestre com um ar de arrogância solene. O entusiasmo do jovem aprendiz com a reputação de assassino cruel do seu velho mestre faz lembrar a relação entre Schofield Kid e William Munny, no filme "Unforgiven" (1992), no qual o diretor Clint Eastwood interpreta o mestre pistoleiro.

    Amador guarda em casa com carinho e orgulho um álbum de recortes de jornais, com manchetes de dezenas de crimes violentos que cometeu no passado. Esse álbum funciona como uma espécie de currículo, no sentido mais profissional da palavra. Trata-se de um verdadeiro portfólio que ele mostra para potenciais clientes, caso duvidem de sua eficiência como matador de aluguel.

    O álbum também serve como um troféu que causa admiração em jovens que se encantam com o passado tenebroso de Amador . É o caso de uma dupla de cineastas que aparece na cidade com a intenção de gravar um filme de ação no qual Amador interpretaria a si mesmo como o personagem principal. Para a surpresa de todos, ele parece se interessar bastante pela ideia, ao ponto de se esforçar para conseguir três metralhadoras que vão ser usadas nas gravações.

    Amador não receia demonstrar o profundo orgulho que sente de todas as suas carnificinas e sempre se gaba de ser algo como uma subcelebridade na cidade em que vive. É como se estivéssemos diante de um universo paralelo no qual fosse vigente uma moral torta em que os fora-da-lei sanguinários são os verdadeiros heróis.

    Apesar da crueldade de suas ações no passado, Amador e seus antigos cúmplices não se portam como homens brutos ou selvagens capazes de a qualquer momento praticar alguma atrocidade gratuita. Pelo contrário, agem como homens civilizados, educados e até mesmo inteligentes. Não chegam ao ponto de exibir a elegância sofisticada de mafiosos italianos de filmes como The Godfather (1972) ou Goodfellas (1990), algo que provavelmente nunca existiu na realidade. Mas Amador, por exemplo, tem os trejeitos de um respeitável pai de família que depois de certa idade alcançou serenidade de espírito, embora a partir de um certo momento essa aparência se revele enganosa.

    Nelson Xavier faz um trabalho brilhante ao interpretar Amador. Presente em quase todos os 90 minutos do filme, não há um só frame em que ele esboce um sorriso. Mantém sempre um ar de serenidade pesada, e os seus trejeitos mudam sutilmente de acordo com quem esteja interagindo. Ao lidar com seu aprendiz, a postura é de altivez solene combinada com uma certa dose de condescendência compreensiva. Nas vezes em que vai ao hospital visitar o moribundo Davi, há uma leve ternura que expressa a surpreendente solidariedade que um assassino pode ter com um velho amigo que está à beira da morte. Quando tem de falar com o Tio, a sua postura muda consideravelmente: ele perde boa parte da sua altivez e assume um ar que conota uma espécie de submissão relutante, algo como uma leve reverência forçada que faz questão de parecer forçada. A versatilidade de Nelson Xavier, a grande força expressiva da sua atuação é um dos trunfos essenciais que tornam Comeback um grande filme.

    O enredo não tem muita densidade, o argumento não utiliza a clássica técnica de criação e resolução de tensões narrativas. Na verdade, assemelha-se mais a uma colagem de situações levemente conectadas e que têm cada uma o seu interesse estético especial. É um filme que busca retratar um contexto geral, apresentando-se quase como um documentário cheio de lacunas, cujo preenchimento fica ao livre critério da imaginação do espectador. O que seria uma narrativa acaba sendo mais bem definido como uma observação da vida daqueles homens no seu desenrolar natural, com suas belezas ocasionais e também com suas banalidades insossas.

    A fotografia expressiva revela paisagens urbanas pouco exploradas pelo cinema nacional, que geralmente costuma enfatizar os extremos, retratando os bairros nobres e as favelas. Comeback nos leva à apreciação de algumas ruas que poderiam ser de qualquer bairro suburbano de classe média de qualquer grande cidade brasileira. Essas paisagens urbanas corriqueiras ganham uma perspectiva que as torna transcendentais, transformando-as em verdadeiras obras de arte, como uma pintura cujo resultado é superior à realidade que representa. As sequências em que a câmera segue em alta velocidade a parati de Amador pelos sobes e desces daquelas ruas de barro são um verdadeiro deleite para qualquer espectador dotado de alguma sensibilidade estética.

    O uso constante de interiores sombrios, com luzes amareladas focadas nos personagens, invoca aquele tipo de iluminação comumente utilizado nos teatros, gerando um efeito que é ao mesmo tempo envolvente e um tanto melancólico, dando ao filme o seu tom geral. Para esse mesmo tom também contribui a excelente trilha sonora, formada por canções que são em sua maioria lentas e pesadas, com a presença forte de elementos de música rural brasileira e latinoamericana.

    Como um western brasileiro do século 21, capaz de combinar a essência do que há de melhor no gênero com as peculiaridades do tempo e local em que a história se passa, Comeback tem tudo para ser considerado uma das melhores produções brasileiras deste ano.
    Rodrigo Ribeiro
    Rodrigo Ribeiro

    2 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 14 de junho de 2020
    O protagonista é uma mistura de melancolia com saudosismo de algo que não saberemos se é ou não uma verdade até um determinado ponto já quase no final...belíssima despedida de Nelson Xavier que nos presenteou com uma Incrível performance e conseguiu dar o tom adequado ao seu personagem.
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