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    Traffik - Liberdade Roubada
    Críticas AdoroCinema
    2,5
    Regular
    Traffik - Liberdade Roubada

    Muito potencial, pouco resultado

    por Barbara Demerov

    O tráfico de pessoas não é abordado no cinema com tanta regularidade quanto o de armas ou drogas, mesmo tendo muita sustentação para ser trabalhado tanto quanto os dois outros temas. Traffik - Liberdade Roubada poderia ser um modelo a ser seguido devido ao calibre do assunto e, de fato, existe ali o indício de um material muito poderoso – contudo, o filme se atenta em interligar pequenos elementos da trama mas não ao que, em teoria, seria o principal.

    O diretor Deon Taylor tenta introduzir através dos personagens (especialmente do casal principal, formado por Paula Patton e Omar Epps) a sensação do quão repentinos e assustadores são os casos de tráfico em pequenas cidades, mas os diálogos banais modelam a trama e não a levam para um caminho mais profundo. É contraditório, pois bem quando o tema é inserido de modo direto e vemos a maldade saindo das sombras, a história é guiada para seu fim. 

    Portanto, a forma mais interessante de analisar o filme é com ele sendo um thriller guiado por uma protagonista mulher forte e corajosa que, além de ver de perto e da pior forma o tráfico de mulheres, encontra uma forma de sair desta situação com o mínimo de justiça.

    O 'baseado em fatos' tenta elevar o filme a uma potência mais alta, mas é Paula Patton (Missão Impossível: Protocolo Fantasma) o verdadeiro triunfo do longa. A atriz está ótima na pele de uma mulher que jamais imaginaria passar por algo tão desumano. Porém, não é possível dizer que Traffik - Liberdade Roubada trata com ênfase o tráfico em si. Mesmo carregando o título, o tráfico sexual é abordado em segundo plano e não traz impacto ou força necessária para tornar este um filme-denúncia completo.

    Traffik - Liberdade Roubada é drama, romance, thriller e terror em uma única produção; mas, mesmo abrangendo todos estes elementos, não chega a um resultado marcante que traz uma nova reflexão ou visão. O crime, que é cometido às sombras, é trabalhado de forma genérica. O tráfico de escravas sexuais vira coadjuvante dentro de uma história que não se compromete a evoluir mais que uma mensagem de superação.

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