Um filme com estilo, ótimos recursos técnicos aliado a uma direção afiada e atuações sublimes, "I, Tonya" é um dos grandes injustiçados do óscar 2018. Escolhendo contar a historia da patinadora americana Tonya, uma esportista controversa, com problemas familiares e pessoais, porem uma das melhores da sua época, o filme pega essa historia e prefere colocar numa óptica de humor negro, no melhor estilo "Fargo", o roteiro mescla a historia real com depoimentos de atores, com narração e até quebra da quarta parede, ou seja, temos uma mescla de recursos, uma mistura que dá certo, com uma montagem fabulosa, fotografia lindíssima, e uma trilha sonora ótima, vibrante, que combina demais com o filme, a edição e mixagem do filme também são ótimos, tal quais as coregrafias e atuações, atuações essas ao qual temos um primeiro grande destaque a Alisson Janney, que é um destaque do longa, sua atuação é tão sincera que você sente suas pequenas nuanças, de raiva, desprezo e simulação de amor, Sebastian Stan també, está comicamente ótimo, tal qual Margot Robbie, que manda muito bem nas cenas esportivas, mas peca nas cenas dramáticas. "I, Tonya" fala sobre muitas coisas, violência domestica, relacionamento abusivo, superação, ambição, caráter, e o filme faz isso se utilizando de um humor maravilhoso, porem, as vezes o filme tenta passar uma carga dramática, e é ai que o longa falha miseravelmente, mesmo assim, "I, Tonya" é um ótimo filme, melhor que ao menos a metade dos indicados ao ocar de melhor filme 2018, infelizmente o filme ficou meio pra escanteio.