Uma boa adaptação de um romance Pulp de 1958, do mesmo autor de "O incrível homem que encolheu" (1956), de Richard Masterson, que teve versão cinematográfica no ano seguinte (curiosidade: numa cena, a babá está lendo uma edição de bolso do livro, com a capa do pôster do filme de 1957, lembrando que o filme se passa no presente (1999).
O filme é feliz em trazer o enredo que mistura suspense e terror sem apelação. O sobrenatural chega a soar aceitável na medida em que o espectador adere à "suspensão da descrença", como formulou Samuel Taylor Coleridge, em 1817.
Porém, o filme deve sofrer críticas raivosas dos espectadores desavisados (a turma que não procura ler uma resenha ou sequer a sinopse do filme, pois não se trata de terror de sangue, viceras e massa encefálica voando em direção à tela.
É verdade que o enredo é um tanto monótono e as revelações no final poderiam ser mais bem exploradas pelo roteiro, criando um clímax mais tenso e intenso.
No fim, é diversão descompromissada, para assistir sem muitas expectativas. Vale os 130 min.