Como reagir à perda de uma pessoa ou um animal querido? Como uma perda pode afetar toda a nação? De que maneira isso afeta a nossa visão de mundo? A diretora Laurie Anderson reflete sobre a morte a partir de temas pessoais, como o falecimento de sua cadela, e temas mais amplos, como os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Classificação indicativa a definir por http://www.culturadigital.br/classind.
Críticas AdoroCinema
4,5
Ótimo
Coração de Cachorro
A percepção da morte
por Bruno Carmelo
Este filme começa com uma cena em animação, na qual o alter-ego animado da diretora Laurie Anderson conta uma história. A personagem fala sobre o sonho em que dá à luz à própria cadela. Mas ela não tinha engravidado do animal, e sim pedido aos médicos para costurarem o animal vivo dentro de sua barriga, para poder pari-lo depois – algo difícil, já que o bicho resistia e não parava de latir. O conto é afetuoso, mas ao mesmo tempo perturbador. Este é o tom de Coração de Cachorro, uma investigação sombria sobre a nossa percepção diante da morte.
Por mais que se discuta a morte de entes próximos (a cadela da diretora, mas também sua mãe e seus dois irmãos), o tom é pouco sentimental. Isso ocorre devido às imagens descoladas do referencial: enquanto a narração onipresente de Anderson discorre sobre temas filosóficos e místicos, as imagens efetuam colagens, sobreposições e ilustrações livres d
Dirigido e roteirizado por Laurie Anderson em 2015, o filme é uma mescla de documentário reflexivo-biográfico-filosófico-poético. Centrado na cadela Lollabelle, que morreu em 2011 e era muito querida pela diretora, o filme é um ensaio pessoal que combina lembranças de infância, diários e vídeos, reflexões sobre dados, cultura de vigilância e a visão budista, sobre a morte, além de tributos a artistas, escritores, músicos e ...
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