O filme Nosferatu é uma obra voltada para quem já é fã da história e conhece a essência do clássico original. Ele não é um filme feito para agradar a todos, principalmente devido ao seu ritmo mais contemplativo, que se assemelha à experiência de ler um livro: lento, denso e cheio de nuances. Essa característica pode afastar espectadores que esperam algo mais dinâmico, mas é um ponto forte para quem aprecia um mergulho profundo na narrativa.
Minha maior crítica vai para a atriz que interpreta a esposa de Thomás, Lily-Rose Depp . Infelizmente, ela não entrega a força necessária para um papel tão central. Apesar de ser visível o esforço em sua atuação, falta o carisma e a presença que poderiam dar mais peso ao personagem e ao filme como um todo. Uma escolha mais acertada no elenco poderia ter elevado a experiência.
Por outro lado, Willem Dafoe, como o professor, é brilhante. Ele domina cada cena em que aparece, trazendo uma intensidade e uma autenticidade que são simplesmente hipnotizantes. Sua performance é um dos grandes destaques do filme.
No geral, Nosferatu é uma obra tecnicamente bem-feita, com cenas visualmente impressionantes e cuidadosamente planejadas. No entanto, o impacto da narrativa acaba comprometido por algumas atuações, especialmente a da protagonista, que deixa a desejar em momentos cruciais. É um filme que vale a pena para os admiradores do clássico e para quem busca um cinema mais introspectivo, mas talvez não conquiste o público geral.