Média
4,2
745 notas
Você assistiu Tim Maia ?
4,5
Enviada em 3 de novembro de 2014
TIM MAIA
“Fantástico, melhor biografia nacional já contada”

Do diretor Mauro Filho, baseado no livro de Nelson Motta “O Som e a Fúria de Tim Maia”, o filme é narrado por Cauã Reymond (Fábio Stella), conta toda a história do cantor e compositor Tim Maia, desde a sua infância a sua morte, seus altos e baixos na sua carreira e principalmente a sua vida pessoal.

Realmente uma senhora biografia, abrange mais sua vida vida pessoal, podemos ver a relação conturbada entre Tim e Roberto Carlos, cujo a primeira metade do filme explica, pois Tim começou a carreira com o Rei no bairro da Tijuca (RJ), com a banda The Sputniks, formada por, Tim Maia, Roberto Carlos, Edson Trindade e China. O longa mostra um Tim Maia com um pouco de inveja de Roberto, e Roberto fica sendo o famoso “Amigo da Onça”. Também explica alguns fatos importantes como: sua trágica passagem pelos Estados Unidos e volta ao Brasil, a relação de amor e ódio com Janaína (Aline Morais), sua ex-esposa, o péssimo comportamento com gravadoras e produtoras, o motivo de tanta faltas em shows com o qual marcou sua carreira, inumeras prisões, sua forte amizade com o cantor Fábio Stella (Cauã Reymond).
A segunda parte do filme mostra que a vida de Tim se transformou em uma grande festa, regada a muito álcool e drogas, mais também mostra o contato dele com uma seita religiosa e o seu “Magnetismo”, uma fase “Natureza” que teve grande influência em sua vida e explica como Tim foi ao fundo do poço.

O elenco foi muito bem escolhido, e a história foi narrada da forma mais realista possível por Fábio (Cauã Reymond), e uma ótima atuação do ator. Aline Morais deu um show de interpretação como (Janaína), Susi (Laila Zaid), como sempre, muito boa em cena, Carlos Imperial, que lançou a carreira de Tim, foi vivido pelo ator engraçadíssimo (Luis Lobianco), uma atuação que roubou algumas cenas foi a do rei Roberto Carlos (George Sauma), Tim na juventude foi interpretado de maneira sensacional pelo ator Robson Nunes, mais na sua fase adulta quem atuou de maneira incrível foi o ator (Babu Santana), eu realmente acreditei que estava vendo Tim Maia.

A imagem do filme é realmente espetacular, me senti naquela época, figurino perfeito, e claro que o som e a música são pontos altos do filme.

Melhor biografia brasileira que já tive o privilégio de assistir, foi contada de forma brilhante, rica em detalhes, podemos ver fatos até então desconhecidos do público, filme longo 2:20 minutos, mais em nenhum momento cansativo, na medida certa.

O filme revela todas as facetas de Tim Maia, inclusive sua parte agressiva e descontrolada, ele realmente era uma pessoa muito difícil de se lidar, era extremamente arrogante, egocêntrico, prepotente, enfim, uma pessoa insuportável.
Foi muito legal ter visto como Roberto Carlos e Erasmo Carlos eram muito ligados desde muito novinhos. Apesar de ser uma história bem dramática a de Tim, teve uma cena que certamente você ira rir, Tim era tão maluco que distribuiu ácido em um escritório cheio de “Caretas”.
A meu ver, o ponto negativo do filme foi o fato de retratarem o Tim como um cara “Enlouquecido”, não de um doente, um dependente químico.
O filme é realmente sensacional, que história fantástica.

UM VERDADEIRO MARCO DO CINEMA NACIONAL.
4,5
Enviada em 21 de novembro de 2014
O maior problema do cinema brasileiro, é o fato de se apegar muito a clichês voltados em filmes de favelas (que curiosamente são os melhores filmes brasileiros, mas já chegou num ponto repetitivo), e em frases como "Não desista jamais" ou "Siga em frente" que são repetidas cansativamente em todo tipo e estilo de filme. Felizmente a vida de Tim Maia não é clichê. O cantor teve uma história muito aventuresca para aprender a ter um inglês fluente, tinha suas próprias tiradas no meio dos diálogos, seus problemas de relações com mulheres, seus problemas com drogas... um filme do Tim Maia foi uma sacada incrível, ele realmente teve uma história que resultaria num filmaço, e resultou. O desenvolvimento da narrativa é forte, o filme só se apega a um clichê, que no ato final acaba funcionando impressionantemente bem. As atuações são de tirar o chapéu, Robson Nunes interpretando o Tim Maia jovem é ótimo, mas o destaque está no Babu Santana fazendo Maia já famoso, é simplesmente espetacular, ele consegue passar uma arrogância, mas ao mesmo tempo nunca perde o humor. As trocas de estado do protagonista também são muito boas, apenas com a feição de Santana você vê o que o personagem sente. Difícil por ser um filme nacional, mas Babu merece uma indicação ao Oscar. Todo o elenco coadjuvante também está perfeito, Alinne Moraes e Cauã Reymond estão ótimos como sempre. Alinne consegue passar uma imagem de interesseira e Cauã consegue convencer bastante o público nesse laço de amizade que ele tem com o Tim, portanto, ambos estão muito bons. O único problema é George Sauma interpretando Roberto Carlos. Ele não convence nem um pouco, mais parece uma imitação gozada tirada do Programa Pânico (A cena em que Tim tenta falar com Roberto depois de famoso é muito boa, mas a conversa que os dois tem logo em seguida é muito fraca). Partindo pro lado técnico, a recriação dos anos 60 e 70 é nitidamente bem explorada, desde os cenários até o figurino, que utiliza as mesmas roupas e estilo da época perfeitamente. A única conclusão que eu cheguei, é que até agora, Tim Maia foi o melhor filme do segundo semestre de 2014. É um exemplo de filme que se sustenta através de bom roteiro e não com efeitos visuais, que é a moda hoje em dia. Recomendo fortemente que você assista e torço pela disputa do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Provavelmente vai demorar para sair outro filme de um ícone tão memorável que virá a ser melhor que esse. Sem dúvidas um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
4,5
Enviada em 12 de fevereiro de 2025
Lançado em 2014 sob a direção de Mauro Lima, Tim Maia é uma cinebiografia que se propõe a retratar a intensa e conturbada trajetória de um dos maiores nomes da música brasileira. Baseado no livro Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta, o filme busca reconstruir a ascensão do cantor, desde a infância humilde no Rio de Janeiro até sua consagração como um dos mais influentes artistas da música nacional. No entanto, a produção não esteve isenta de críticas, tanto pela forma como manipulou certos eventos biográficos quanto pelo seu impacto cinematográfico.

A narrativa segue uma estrutura linear tradicional, acompanhando o protagonista desde sua infância no bairro da Tijuca até sua morte prematura aos 55 anos. O filme destaca momentos cruciais, como sua viagem aos Estados Unidos, onde teve contato direto com o soul music e aprendeu inglês, além de se envolver com crimes que resultaram em sua deportação. A transição para o estrelato é pontuada por episódios de rejeição inicial e pelas suas relações com artistas como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Jorge Ben Jor.

Contudo, a adaptação da biografia não se atém rigorosamente aos fatos, fazendo uso de licenças dramáticas que, segundo pessoas próximas ao cantor, distorcem a realidade. Hyldon, cantor e amigo de Tim Maia, contestou a cronologia do filme e criticou a maneira como a personagem Janaína foi utilizada para condensar múltiplas mulheres da vida do cantor (O Globo, 2014). Além disso, Erasmo Carlos afirmou que a narrativa exagera ao representar um suposto desprezo de Roberto Carlos por Tim Maia, um elemento essencial no arco dramático do protagonista, mas questionável do ponto de vista histórico. A despeito dessas controvérsias, a trajetória é apresentada com fluidez, e o filme consegue equilibrar momentos cômicos e dramáticos, refletindo a personalidade irreverente e explosiva do cantor. Ainda assim, a falta de precisão biográfica compromete a credibilidade da obra como um retrato fiel da vida do artista.

Um dos grandes trunfos do filme reside na performance de seus protagonistas. Babu Santana, no papel de Tim Maia na fase adulta, entrega uma atuação visceral e convincente, capturando a energia, o carisma e os excessos do cantor. Sua transformação física e a entrega emocional ao papel foram amplamente elogiadas pela crítica especializada (Folha de S.Paulo, 2014). Robson Nunes, que interpreta Tim Maia na juventude, também oferece uma performance sólida, conseguindo transmitir a ambição e a rebeldia do personagem em seus primeiros anos. No entanto, a transição entre os dois atores ocorre de maneira um tanto abrupta, sem um elo narrativo forte o suficiente para suavizar essa mudança.

O elenco secundário, com destaque para Cauã Reymond como Fábio (uma adaptação ficcional de Nelson Motta) e Alinne Moraes como Janaína, cumpre bem suas funções, embora não tenha o mesmo impacto de Babu Santana. Em especial, a figura de Fábio como narrador da história soa deslocada e muitas vezes desnecessária, tirando protagonismo do próprio Tim Maia.

O roteiro de Mauro Lima adapta o livro de Nelson Motta, mas toma diversas liberdades artísticas para condensar a história de Tim Maia. A decisão de incluir um narrador externo, representado pelo personagem de Cauã Reymond, é uma escolha questionável, pois desvia o foco da figura do cantor e cria uma mediação desnecessária entre o público e a história. Além disso, o roteiro falha ao aprofundar aspectos fundamentais da trajetória de Tim Maia, como seu pioneirismo na introdução do soul e do funk no Brasil. Embora o filme destaque sua paixão pelo ritmo americano, não há um aprofundamento nas influências musicais que o levaram a criar um dos legados mais ricos da música brasileira. Os diálogos, em sua maioria, são funcionais, mas em alguns momentos caem no didatismo excessivo, explicando situações que poderiam ser melhor desenvolvidas visualmente. Isso prejudica a fluidez da narrativa, tornando algumas cenas mais artificiais do que deveriam ser.

A direção de fotografia de Adrian Teijido contribui significativamente para a imersão na atmosfera das décadas de 1960 a 1990. O uso de tons quentes e uma iluminação que remete ao clima de casas noturnas e palcos de shows confere autenticidade ao visual do filme. As cenas de apresentação musical são particularmente bem filmadas, utilizando enquadramentos que ressaltam a presença magnética de Tim Maia no palco. A montagem, por sua vez, é ágil, mas em alguns momentos peca pelo excesso de cortes rápidos, que prejudicam a conexão emocional com determinadas cenas.

A trilha sonora é, sem dúvida, o maior ponto forte do filme. Canções icônicas como Azul da Cor do Mar, Gostava Tanto de Você, Vale Tudo e Primavera permeiam a narrativa, criando uma conexão imediata com o público e reforçando a importância de Tim Maia na música brasileira. Além das músicas originais do cantor, a trilha sonora também inclui faixas que ajudam a contextualizar cada período retratado, criando uma ambientação sonora eficaz. A sonoplastia e a mixagem de som garantem que a voz potente de Tim Maia seja devidamente valorizada nas cenas de show.

O desfecho de Tim Maia acontece de forma relativamente abrupta. A morte do cantor, que poderia ter sido um momento de grande impacto emocional, é tratada com certa pressa, sem dar ao espectador o tempo necessário para processar a perda de um ícone. Além disso, o filme não explora com profundidade o legado deixado por Tim Maia. Seria interessante ver mais sobre sua influência na música brasileira após sua morte, incluindo depoimentos de artistas contemporâneos que foram inspirados por ele.

Tim Maia (2014) é uma cinebiografia que acerta em capturar o espírito irreverente e explosivo do cantor, mas que falha em alguns aspectos narrativos e históricos. As atuações, especialmente a de Babu Santana, são o ponto alto da produção, enquanto a trilha sonora enriquece a experiência cinematográfica. No entanto, a escolha de um narrador externo e algumas imprecisões biográficas comprometem a fidelidade do filme à trajetória real do artista. Apesar de suas falhas, Tim Maia é um filme essencial para quem deseja conhecer mais sobre um dos maiores nomes da música brasileira. Como produto cinematográfico, é eficiente, mas poderia ter sido ainda mais grandioso se tivesse dado mais profundidade ao personagem e ao seu legado.
4,5
Enviada em 6 de novembro de 2014
Uma produção brasileira de excelente qualidade, com interpretações impecáveis de Tim Maia jovem e mais velho pelos dois atores que o interpretam. Um filme que deixa quem viveu nessa época muito saudosista, querendo reviver esses ANOS INCRÍVEIS. Mas quem não viveu isso deve assistir ao filme para ver a importância de um astro brasileiro, ou seja, o REI DO SOUL. Dá vontade de levantar no cinema e dançar. Indico a todos.
4,0
Enviada em 29 de dezembro de 2014
Tim Maia era sinônimo de excessos. Polêmico, temperamental e desbocado ao extremo, era um personagem de si mesmo. Teve uma carreira de altos e baixos, uma vida repleta de contradições. Comeu o pão que o diabo amassou, e sobreviveu.
Foi um grande cantor, um gênio da música, o precursor do soul e do funk numa época em que o samba tinha território consagrado no país. E Mauro Lima soube dignificar sua obra com um belo filme, uma bela fotografia (que ganha cor à medida em que Tim chega ao auge); com cenas hilárias baseadas na personalidade ferina e descontrolada de Tim Maia e, especialmente, com a escolha acertada de Robson Nunes e Babu Santana, que se entregaram "furiosamente" e deram conta da interpretação.
Tim Maia foi dono de um humor inteligente, cáustico, exagerado. Sua sinceridade e intolerância com a mediocridade fez com que cultivasse muitos desafetos. E foi justamente essa personalidade forte e irreverente que marcou uma época e também a música popular brasileira.
Entrou em decadência, porém isso nunca desmereceu seu talento e sua potência musical.
4,0
Enviada em 26 de fevereiro de 2015
Cinebiografia do cantor Tim Maia, baseada no livro "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia". O filme percorre cinquenta anos na vida do artista, desde a sua infância no Rio de Janeiro até a sua morte, aos 55 anos de idade, incluindo a passagem pelos Estados Unidos, onde o cantor descobre novos estilos musicais e é preso por roubo e posse de drogas. eu Nunca Fui Tao Fa de Tim Maia e Tambem Nunca fui de Curtir Filmes Nacionais , Mais esse Me Impressionou um Filme Muito Interessante Com Otimas Atuaçoes , Filme Que Vale Apena da Uma Coferida Nota 8.5
4,0
Enviada em 2 de novembro de 2014
Quando se pensa em Tim Maia, não estamos falando apenas do artista, mas sim da história da musica no Brasil. Esse tijucano, que começou como entregador de marmita e resolveu encontrar na música sua vida, mesmo tendo que "dar um jeito" pra chegar aonde chegou, é muito bem representado no filme. Quando você espera que seja uma biografia do cantor, muita coisa é colocada de lado (polêmicas) e se resume a sua vida de juventude e passagem para uma carreira consolidada, citando passagem por seitas e sua vida regrada a drogas e mulheres (sim, no filme não mostram esse passagem), mas mostra não só o bom humor como também o seu "lado sombrio". Um filme muito bem produzido, com seus "2 Tims" muito bem nas interpretações e uma trilha sonora de fazer os "ouvidos sorrirem", fale uma visita ao cinema.
4,0
Enviada em 31 de janeiro de 2015
Vale bem assistir e conhecer um pouco da trajetória desse monstro da voz brasileira. Gostei bastante.
4,5
Enviada em 12 de fevereiro de 2015
Uma jóia rara, pedra bruta. Grande personalidade e um grande filme!
4,0
Enviada em 2 de novembro de 2014
Uma História de arrepiar! altos e baixos de um dos maiores cantores barsileiro de todos os tempos! só não é nota maxima, pois faltou mostrar um pouco mais de seu bom Humor! Vale muito apena assistir!!
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