remonta a um tempo passado, meio esquecido, e nada condizente com suas referências à obra-prima de Dante Alighieri, "A Divina Comédia", ou ao provocante conto em que é inspirado, "A Igreja do Diabo", de Machado de Assis. A lembrança é um momento em que o cinema brasileiro engatinhava, sem aporte financeiro, estrutural ou criativo, em que a simples realização de um filme representava um feito e, para muitos, o resultado artístico era relativizável em variadas esferas (e, mesmo assim, nem todas). Desde as suas primeiras cenas, e até as últimas, A Comédia Divina revela pobreza cinematográfica em todos os aspectos. No campo imagético, uma linguagem burocrática, televisiva em sua acepção menos inspirada e mais industrial, planejada para a exibição diária dos episódios de uma novela rodada em estúdio. A plasticidade dos cenários, funcional se evocativa de um aspecto da trama, aqui só refle
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