PONTOS POSITIVOS
- Fotografia: Os bonitos cenários naturais favorecem os westerns e o filme é tecnicamente competente nesse quesito.
- Elenco: gosto muito do Denzel Washington, em qualquer papel. Chris Pratt e o restante do elenco, incluindo a dublê de Jenniffer Lawrence, não comprometem, embora não haja nenhuma interpretação que realmente chame a atenção.
- Muita ação, principalmente na segunda parte do filme. A abordagem é bem mais violenta, claro, do que nos originais, o que deve agradar ao contexto contemporâneo em que vivemos.
- É um remake de um remake. Ambas as obras originais são clássicas, então uma nova versão tem o mérito de divulgá-las para as novas gerações que não as conhecem.
PONTOS NEGATIVOS
- Vilão: a caracterização do vilão ficou exagerada e superficial, na maior parte do tempo. A
cena em que Bogue primeiro aparece no filme e o garoto fica assustado ao ser obrigado a colocar a mão dentro de um vidro com terra é muito mais interessante do que a outra cena que vem logo a seguir, em que ele pessoalmente mata um dos moradores a sangue frio
(Matt Bomer, fazendo uma ponta especial). Sutileza e terror psicológico cairiam melhor aqui do que simplesmente violência escancarada e sem motivo.
- As tentativas de ser politicamente correto. A amplitude da diversidade étnica e de nacionalidade nos sete soou um pouco forçada demais, assim como a inserção da viúva como arregimentadora dos mercenários. Também o discurso de Bogue sobre capitalismo pareceu forçado. Por outro lado, se o roteirista houvesse mantido a população que precisa ser socorrida como mexicanos na fronteira, assim como na versão de 1960, talvez fosse mais polêmico e interessante, em tempos de discussão sobre um muro entre Estados Unidos e México e abordasse a questão do choque cultural entre os mercenários e a população, o que não aconteceu aqui.
- O elenco, mesmo com competência, não apresentou brilho ou carisma. É covardia, sei, comparar Yul Brinner, Steve McQueen e Charles Bronson com quem quer que seja (mesmo com o deus Denzel Washington). Mas, ficaram devendo algo mais. Provavelmente culpa do diretor e do roteiro enxuto demais, não sei...Wagner Moura esteve cotado para o papel do pistoleiro mexicano, mas não pode fazer o filme por conta de agenda.
- Trilha sonora. COMO não usaram no filme a trilha sonora original de Elmer Bernstein??? Meu Deus... Uma das melhores do cinema em todos os tempos, uma canção antológica que se tornou símbolo dos westerns, e os caras só colocam na hora dos créditos!!! Minha principal implicância com o filme talvez tenha sido essa. Mas pensando bem, talvez a grandiosidade da trilha original não combinasse mesmo com essa versão (sarcasmo mode on).
- É um remake de um remake. O original, Sete Samurais de Akira Kurosawa, é obra de gênio. The Magnificent Seven (7 Homens e um Destino), a versão de John Sturges, embora inferior ao original, faz jus a sua existência. Este pareceu "apenas mais filme" do gênero western. Para ver e depois esquecer. E essa história original fantástica merecia mais.
Ao final, só consegui sair do cinema pensando no filmaço que Tarantino teria feito, se fosse ele o diretor...