Após o sucesso de Tarantino com seus dois recentes filmes de faroeste (Django Livre e Os Oito Odiados), o diretor Antoine Fuqua (Dia de Treinamento) faz a sua aposta neste gênero que é tão aclamado por muitos.
Sete Homens e um destino é uma adaptação de outra adaptação (!). Isso mesmo. Este longa é um remake do clássico faroeste dos anos 60 de John Sturges (Sete Homens e um Destino), que por sua vez era um remake do filme Os Sete Samurais de 1954.
A história nos traz Emma Cullen (Haley Bennett), que está revoltada com os frequentes saques feitos em sua pequena cidade pelo fora da lei Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard). Cansada de tanta injustiça ela pede auxílio ao pistoleiro Sam Chisolm (Denzel Washington), que reúne um grupo especialistas para contra-atacar os bandidos.
O longa de 2016 é de uma diversidade étnica até estranha para um faroeste. Temos no grupo um mexicano, um asiático, um índio, um velho rabugento, e um irlandês, tudo isso comandado por um negro.
Haley Bennett aqui está igual a Jennifer Lawrence. Denzel Washington que já havia trabalhado com o diretor em O Protetor (2014), aqui como em muitos outros filmes só sabe fazer cara de mal e atirar, algo que ele faz bem até. Peter Sarsgaard se sai bem como vilão.
Integram o grupo de pistoleiros, Chris Pratt, que aqui é o Senhor das Estrelas de Guardiões da Galáxia fantasiado de cowboy sempre fazendo piadinhas em momentos tensos. Ethan Hawke que se sai bem, Vincent D'Onofrio que é uma das grandes surpresas do filme fazendo um velho rabugento, Byung-Hun Lee o asiático do grupo, Manuel Garcia-Rulfo o mexicano e por fim o indígena Martin Sensmeier.
O filme nos mostra um século XIX evoluído, pois ao se dar um tiro no vidro tal não se quebra todo, fica apenas o buraco da bala onde o disparo foi feito (blindado).
A fotografia do filme é boa, nos faz remeter aos antigos filmes de faroeste. A trilha sonora não é boa, uma pena que não usaram a do filme de 1960 que é ótima.
O filme só ganha força no final com a boa cena de batalha no pequeno vilarejo. Ao acabar de ver o filme o único pensamento que tive foi: Se Tarantino tivesse feito o filme seria uma obra-prima.