Super Xuxa Contra o Baixo Astral: Críticas

Poucas vezes uma cena foi tão feliz. Sem diálogos, somente com a execução e encenação da canção “Arco-Íris”, de autoria de Anna Penido, Graciella Carballo, Michael Sullivan e Paulo Massadas, temos a construção da personagem principal de “Super Xuxa Contra Baixo Astral”, filme dirigido por Anna Penido e David Sonnenschein; e, de quebra, a motivação por trás de suas ações e do grande conflito do longa.

Xuxa (interpretando a si mesma) é a heroína que tenta trazer mais alegria à cidade do Rio de Janeiro, seja por meio da distribuição de amor, da pintura de paredes pichadas, do auxílio ao próximo, enfim, da realização das mais diversas boas ações. Em contraponto a ela, a figura do Baixo Astral (o saudoso Guilherme Karam): o vilão que vive no submundo e na sujeira, que odeia alegria e que só deseja semear a maldade e a discórdia.

Em busca de recuperar o seu cãozinho Xuxo (que foi raptado pelo Baixo Astral), Xuxa embarca numa viagem pelo mundo da fantasia e dos sonhos, numa jornada que reforça a sua posição e o seu papel de boa influência e de promotora de ações positivas em todos os ambientes em que ela se encontra.

Rever “Super Xuxa Contra Baixo Astral” na idade adulta é ter a certeza de que o filme sobreviveu ao tempo. Sua mensagem principal do amor e da esperança como base para a transformação pessoal é muito bonita. Esse filme representa o cinema infantil em sua excelência.

"Super Xuxa contra o Baixo Astral" é um filme que, apesar de ter sido produzido na década de 1980, traz elementos que podem ser vistos como empoderamento feminista. Xuxa, como protagonista, representa uma figura forte e independente, que enfrenta desafios e vilões com coragem e determinação. O filme também promove a ideia de sororidade, mostrando Xuxa unindo forças com outras mulheres para superar obstáculos. No entanto, é importante notar que o filme ainda apresenta estereótipos de gênero e situações que podem ser consideradas problemáticas à luz do feminismo contemporâneo. Além disso, a abordagem infantil pode limitar o alcance das mensagens de empoderamento para um público mais amplo. No geral, "Super Xuxa contra o Baixo Astral" é uma obra que oferece elementos positivos de empoderamento feminino, mas que também reflete as limitações de sua época.

Filme ruim, roteiro fraco, atuações péssimas, principalmente da Xuxa. O único que se salva é o Guilherme Karan.