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Almanaque Virtual
A película prende a atenção do espectador, sem ser exaustiva, e deixa-o divagar naquilo que não mais pertence ao seu registro. Começa e termina na hora certa. É fiel ao que se propõe.
Cinema em Cena
A única resposta que o filme oferece de forma inequívoca é a perseverança daquele homem – ou melhor: do Homem – diante da própria finitude. Uma resposta talvez óbvia, mas que Robert Redford, depois de décadas de uma carreira riquíssima, encarna com uma dignidade absolutamente comovente e inesquecível.
Folha de São Paulo
Mas brilha o grande ator de outrora, uma presença magnética na tela, sem medo de exibir mãos e rosto enrugados, barriga e músculos flácidos, a pele com manchas de senilidade [...] "Até o Fim" é, na essência, um drama sobre o homem diante de sua mortalidade. E é também um filme de ação empolgante, que deixa qualquer um grudado na poltrona.
O Globo
Em “Até o fim”, o ator, aos 77 anos, brinda o público com uma atuação soberba, levando, sozinho, o filme nas costas. Econômico, Redford calca sua interpretação quase exclusivamente no olhar. O diretor J.C. Chandor faz também uma profunda reflexão sobre o instinto de sobrevivência, contrapondo esperança e fatalidades, num cenário que sublinha a magnitude da natureza.
Cinema com Rapadura
Logo nos primeiros minutos, [Robert] Redford mostra ser perfeito para o papel. Sem dizer nenhuma palavra, o ator transmite uma confiança que nos faz acreditar que ele poderá resolver qualquer ocorrência adversa. Mesmo com 77 anos e muitas rugas, ele ainda é dono de um rosto expressivo, perfeito para o personagem.
A Tarde
A ausência de falas não significa falta de história. Muito pelo contrário, a obra é uma criativa narração, cheia de surpresas, apresentadas a partir de uma câmera muito bem posicionada para provocar ansiedade e suspense.
Cineweb
Há algo de alegórico, pois não há nada de mais assustador do que um pequeno barco pequeno e solitário num oceano hostil: a grandiosidade da natureza ameaçando engolir ao homem. Esse é um filme de terror.
Omelete
O cinema moral de Chandor nos coloca em tramas de crise para nos lembrar disso, da responsabilidade que temos com o mundo de renovar os contratos sociais que firmamos dia após dia. E civilização depende de comunicação, de comunhão.
Papo de Cinema
O primor técnico do filme chama a atenção. Na falta de diálogos, os sons que cercam o protagonista ficam bastante perceptíveis. [...] Em dado momento, é verdade, os desafios por que passa o protagonista começam a soar exagerados, como se uma verdadeira maré de azar tivesse chegado e nunca ido embora.
Screen International
Cativante tanto dramaticamente quanto como exercício minimalista de narrativa, "Até o Fim" é uma história de sobrevivência no mar beneficiada pela ênfase no realismo e pela recusa de permitir que qualquer emoção falsa atrapalhe esta fábula fria.
The Guardian
Apesar de toda a austeridade e silêncio do filme, ele consegue ser cativante e emocionante. Mesmo assim, é estranho o toque "Titanic" que aparece na história, assim como o final ambíguo do filme.
Télérama
Um puro exercício de estilo e sadismo como Hitchcock adorava fazer, [...] Felizmente, J.C. Chandor [...] nunca cede às facilidades do flash back...
Variety
Um sucesso impressionante, um drama que se passa inteiramente no mar, quase sem diálogos, dependendo basicamente do instinto de sobrevivência. Este emocionante projeto estrelado por Robert Redford encontra vários desafios de marketing...
Rolling Stone
"Até o Fim" vai ao ponto: não tem nenhum diálogo, nem flashback ou recordações sobre o passado. [Robert] Redford interpreta com inteligência, leveza e nuance, nos mantendo na corda bamba, assim como acontece com seu alter ego na tela.
CineClick
Toda a carga de veracidade que este filme leva ao espectador começa a ser minada pela falta de sorte um tanto exagerada do personagem. Redford, é desnecessário dizer, está ótimo no papel.
Télérama
Nós temos a desagradável impressão de assistir não a uma experiência extrema, mas a uma espécie de prova com um MacGyver da vela. Só faltou o canivete.