Um Conto Chinês: Críticas - Página 3

Como o cinema argentino é bom, Ricardo Darín é o seu maior expoente e aqui traz um drama/comédia de ótimo nível, e o que vale nesse filme é a simplicidade de seu enredo, você não é muito surpreendido no filme, mas como os fatos são dirigidos e a história evolui, acaba que termina o filme e você fica pensando por que não temos filmes assim no Brasil?

Seria cômico se não fosse verdade. Um casal chinês, quase se tornando noivos, tem suas vidas interrompidas por uma vaca que desaba do céu. Essa parte, totalmente verdadeira, dá inicio a mais uma história bem contada e estruturada do cinema argentino. Talvez seja esse tipo de história que faz da escola portenha uma das correntes mais significativas fora do eixo Estado Unidos/França. Pois, quase de uma história vazia, e cheia de clichês, é apresentado um filme ímpar para todos que assistem, e garanto que não será esquecido tão facilmente.

Claro que a parte do casal e da vaca é somente uma parte do conflito. Há muito mais história por traz desse filme. Por causa da vaca Jun se vê na capital da Argentina, sem falar uma única palavra de espanhol e com apenas um endereço do seu tio no braço. Para quem já foi em Buenos Aires, essa imigração repentina é bem comum, pois, a Argentina tem uma grande massa de imigrantes asiáticos. Jun se encontra com o solitário Roberto, vivido pelo grande ator Ricardo Dárin.

Roberto é comerciante da capital, cheio de manias, regras, rotinas e hábitos que vê sua vida invadida por um chinês que não consegui se comunicar. E tem sua vida modificada com a entrada desse hospede inesperado.

Claro que soa como um grande clichê, alguém que modifica a forma de ver o mundo de outra através de uma vontade de viver a vida. Mas esse filme supera seus clichês inicias e se destaca pela interpretação de seus atores.

Dárin se supera com os trejeitos do ranzinza Roberto e sua inconfortável situação ao lado do chinês Jun. Desde suas raivas e suas indignações se mostram presente a cada vez que se depara com o chinês sentado na sua mesa, esperando o café da manhã. São várias cenas que não se dá a devida importância para a fala e sim para a interpretação dos dois. Jun não se limita ao papel cômico do filme e se desenvolve com destreza. Mas, já digo, é quase impossível não rir quando os dois tentam se comunicar.

Então, Um conto chinês vai te prender pelos detalhes, sejam eles no cenário, na irônica história ou na atuação dos dois atores. Seja no olhar de Darín ou no silêncio Ignacio Huang (ator que interpreta Jun), você vai se surpreender com a natureza e simplicidade do que retratado nesse filme.

Filme muito surreal velho, pra quem gosta de fujir da mesmice, muito criativo...

Sou suspeito para comentar filmes do Darin. Esse é só mais um filmaço dele! Recomendo.

Como já foi dito: é um filme simples e inteligente, Bastante satisfatório e não precisou de um super orçamento. Vale bastante parar para assisti-lo.

Trata-se de um filme com simplicidade e inteligência. A avalanche de filmes de orçamentos caros, na maioria oriundos da indústria cinematográfica americana; por vezes nos deixa longe de bons filmes como é o caso desta produção hispano argentina. O filme busca mostrar que por mais absurdas que sejam as situações, muitas vezes querem trazer, dizer ou fechar algum nó solto em nossas vidas. O ator principal, vítima de TOC, tem um coração mole num corpo rígido. Mostra também o filme, que deixamos o tempo passar, não dando oportunidades a coisas e pessoas tão boas que estão ao nosso lado.

Vi o filme por curiosidade, pelo seu nome esquisito, mas já conhecia Ricardo Darín, que fez o filme Teses sobre um Homicídio, o que me instigou mais ainda em vê-lo atuar em um filme com um título tão estranho. A julgar pelo nome, eu achei que o filme devia ser uma porcaria, porém me surpreendi. Excelente filme, eu recomendo!

Um dos filmes mais tocantes e lindos que já vi. A amizade entre o personagem de Darín e o chinês é comovente. Mais uma grande atuação desse estupendo ator argentino. Recomendo!

Sem o que tirar nem por. Perfeito!

Eu falei em alguma das críticas passadas que o filme perfeito é aquele que combina tudo de uma maneira equilibrada - drama, suspense, comédia, ação - fazendo com que você nem consiga definir qual gênero de filme ele é. O “um conto chinês’ é assim. Você da risada, você fica curioso, você fica triste... demais.

O filme é muito bem pensando. Toda a história se encaixa com a moral do filme no final. Não tem uma cena, uma conversa ou trama que adicionaria ou tiraria.

Há várias cenas engraçadas durante o filme e, por mais rabugento que seja o protagonista, ele tem um carisma quase que inesplicável.

O cinema argentino tem me surpreendido positivamente. Tem que ver!!!!

Humor cáustico está presente no personagem do Darín, porém, além das tiradas engraçadas,o filme também traz ao espectador a possibilidade de refletir sobre as relações humanas. Ótimo roteiro, excelente interpretação do Darín,como sempre!