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    Jik Zin
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    Ricardo M.
    Ricardo M.

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    3,5
    Enviada em 1 de junho de 2015
    O Fator Ação.

    A ação formuláica e aplicada de forma elaborada pelos norte americanos em seus filmes é prova de que eles entendem bem do assunto. E isso deriva de diversos aspectos, entre eles experiência e, claro, os grandes investimentos, sejam em pirotecnia ou mesmo CG para ampliar a força dramática das cenas. Embora nem sempre o resultado seja proveitoso, o grande sucesso tem inspirado cada vez mais o cinemão ao redor do globo, principalmente os coreanos e franceses.

    O FATOR VIRAL é mais um resultante dessa influência, que está nitidamente exposta nas várias cenas de tiroteios e perseguições, com pouco uso da pancadaria típica do cinema oriental. O protagonista Jon (interpretado por Jay Chou, de Besouro Verde) lidera um grupo das forças especiais que deve escoltar um cientista responsável pela elaboração de um perigoso vírus. Apesar do forte esquema para fazer a empreitada, tudo dá errado e um grupo de terroristas sequestram do sujeito em uma sequência com muitos tiros e explosões. O resultante dessa investida, além do sequestro em questão, determina o afastamento do protagonista para cuidar das sequelas provenientes de um tiro. Afastado do trabalho, ele resolve se aproximar do pai e do irmão, iniciando aí mais um festival de problemas, pois seu irmão, nada mais é que um fugitivo procurado.

    O que fomenta o enredo deste filme é uma modificação do extinto vírus da varíola, porém, muito mais perigoso e letal. É uma idéia até interessante, principalmente para tentar criar mais veracidade à história, porém, se fosse qualquer outra manifestação fictícia ou não, teria o mesmo efeito. Isso não resulta em problema algum, mas o que deveria ser pilar do enredo é só desculpa para a ação desenfreada. E por falar em ação, o diretor Dante Lam prova mais uma vez ser justo o título que vem recebendo de novo mestre do cinema policial de Hong Kong, pois sua energia atrás das câmeras é nítida. Apesar da evidente presença de recursos em computação gráfica, há um grande esforço para que isso seja mínimo, deixando os atores e dublês responsáveis pelo restante. A cena que abre o filme e a divertida perseguição de carro são destacáveis, principalmente pelo desfecho de ambas serem pouco convencionais. Os planos abertos e precisos quando se precisa deles dão um fôlego a mais às situações, fechando sempre que a ocasião se mostra perspicaz, como a pancadaria em um beco estreito.

    Apesar de serem mais conhecidos pelas bandas asiáticas, Jay Chou e Nicholas Tse formam um divertida dupla, com objetivos pessoais similares, porém com meios para efetuar isso de maneiras bem diferentes. A dupla vai criando proximidade ao longo do desenrolar da história, mas sem soar forçada ou dramática, isso permite uma maior fluidez do enredo. A sequência em uma avenida que um salva o outro é ágil e também notável, inclusive sendo a primeira em que eles "trabalham" juntos.

    Os vilões do filme seguem a cartilha básica, terrorista que querem vender um produto químico e letal para quem pagar mais, bem clichê, mas funciona até bem, já que isso não toma tempo demais da produção. Outro ponto que pode causar estranhamento nos menos atentos é o excesso de indivíduos ligados à trama principal, sejam eles corruptos ou não. Isso as vezes confunde porque nem sempre é perceptível quem faz o que na agitação de um cena, já que algumas tem muitas participações.

    Funcionando bem para o que se proprõe, O FATOR VIRAL é uma obra de ação que chama a atenção dos que curtem "cinema pipoca". Agitado, caótico e repleto de adrenalina, o filme entretém sem cansar em suas 2h de duração. A confusão em alguns momentos é aliviada pelo desenvolver sem compromisso da história, que por sua vez caminha bem e sem estressar o espectador com as confusões que surgem. É uma obra cinematográfica de alto orçamento que não deve passar batido, divertida como deve ser.
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