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Sidnei C.
118 seguidores
101 críticas
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4,0
Enviada em 10 de agosto de 2013
O filme Martha Marcy May Marlene fez um sucesso estrondoso no Festival de Sundance (especializado em filmes independentes americanos), muito graças à magnética interpretação de Elisabeth Olsen, irmã das também atrizes Mary-Kate Olsen e Ashley Olsen. Para nós, brasileiros, a curiosidade maior do filme vem do fato que seu produtor, Antonio Campos, embora nascido em Nova York, é filho de uma brasileira. Martha Marcy ... pertence a um sub-gênero de filmes chamado pelos críticos de drama psicológico. Nem preciso dizer que o filme é um prato cheio para os profissionais da área. No início do filme, Martha foge da comunidade rural onde um grupo de pessoas segue os preceitos de uma estranha seita comandada pelo líder Patrick (Hawkes). Embora embasada num senso de comunidade que lembra as comunidades hippies dos anos 60-70, o problema com a seita é sua tendência absurdamente misógina (as mulheres são tratadas de uma maneira segregacionista e inferior) e, pior ainda, como Martha irá descobrir, a sobrevivência de seus membros inclui a prática de assaltar as casas dos mais abastados. Exatamente um acontecimento perturbador numa dessas "inocentes" invasões ao domicílio alheio irá rapidamente forçá-la a abandonar o grupo. O filme é basicamente interessante por 2 fatores: Sua linha narrativa, que além de alternar (e praticamente "colar") presente e passado, nos deixando descobrir aos poucos as experiências que ela vivenciou na seita da qual fugiu, nos torna cúmplices da confusão mental que se apodera de Martha quando ela começa a misturar lembranças, sonhos e suas reações ao tempo presente passam a refletir ainda os traumas sofridos. E o choque cultural que se estabelece entre Martha e o casal que a acolheu em casa. Porque, afinal, somos mesmo produto de nosso ambiente, e Martha, nesses 2 anos que esteve afastada da família, adquiriu os hábitos e valores da comunidade à qual passou a fazer parte. Ou seja, suas opiniões e práticas estilo hippie incomodam e batem de frente com o estilo de vida de classe média alta americana que sua irmã e cunhado adotaram.
"o que vemos é uma menina que sofreu por estar em uma seita (do que é não sabemos) e após fugir e ir morar com sua irmã, ocorrem muita incompreensão pelo seu estado frágil e atitudes anormais. Claro que o assunto realmente nos faz refletir, e muito, se a gente mesmo acaba fazendo igual, porém, se tratando de entretenimento o filme depois dos 40min iniciais acaba se tornando enfadonho e chato".
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