Poucos filmes me fizeram tão entusiasta e 'torcedor' em 2013 como aconteceu com 'Gravidade'. Desde o dia em que vi o primeiro trailer, já sentindo uma certa tensão na sala de cinema, já fiquei muito interessado em ver do que se tratava.
Enfim chegou o dia de encarar a sala de I-Max 3D! E pronto - foram os melhores 90 minutos que passei em um cinema em anos! Sem exagero, mas quanto mais a história ia evoluindo, mais o clima de tensão e angústia tomavam conta, em tentar descobrir como a protagonista poderia sair daquela situação tão adversa e inusitada.
Mesmo que pareça "parado" em alguns momentos, o segredo é você conseguir 'entrar na história', e sentir o que a personagem está passando naqueles momentos tão incógnitos, até torcer com muito entusiasmo para que tudo aquilo termine bem, mesmo acreditando ser quase impossível.
E dá até para rolar umas lágrimas (bom, na verdade rolou mesmo) em um certo momento, porque além de uma luta contra uma imensidão escura, claustrofóbica e até sombria, há também as memórias de momentos sofridos, coisas que deixaram marcas profundas na vida da Terra.
Sandra Bullock teve uma responsabilidade e tanto nas mãos e conduziu com maestria. A veterana das telonas saiu de sua zona de conforto e embarcou em uma jornada diferente, dando um frescor à sua filmografia. E por falar em frescor, 'Gravidade' trouxe justamente isto ao ano de 2013, fugindo da lista de filmes cheios de classe, clichês e tudo que se vê a todo instante por aí...
Uma pena que a Academia tenha dado tantas estatuetas ao filme, mas preferiu ficar no lugar-comum na hora de premiar o Melhor Filme. Lamentável, para uma premiação que já viu filmes como 'Chicago', 'Shakespeare Apaixonado', 'Crash', levarem a estatueta mais cobiçada...
Por fim, nada que desmereça o trabalho de Cuarón e a 'novidade' na carreira de Bullock. Uma obra para ser lembrada eternamente, no momento em que o cinema esqueceu um pouco guerra, náufragos, escravos, pessoas sofridas e por aí vai.