Contato: Críticas

Um filme de ficção que não aborda extraterrestres cabeçudos babando, ou naves espaciais mirabolantes, ou batalhas de lasers, muito pelo contrário. Faz refletir muito mais o lado HUMANO. Como seria a reação das pessoas e do mundo caso realmente houvesse um contato extraterrestre? Como os religiosos reagiriam, ou os políticos, ou os filósofos, ou os militares? Como confiar em uma raça alienígena desconhecida, se não sabemos nem mesmo quais são suas intenções? A humanidade estaria correndo um risco ao entrar em contato com ela? Uma vida humana vale o preço de uma descoberta científica?

São questões interessantes de se pensar, e o final nos deixa ainda mais reflexivos, quando uma cientista, que utiliza a razão e a lógica, e questiona se religiosos vivem algum tipo de "ilusão" acreditando em um deus que não se pode provar cientificamente, se vê em uma situação onde não pode provar o que viu, sendo guiada somente pela fé, cercada por céticos que usam contra ela o mesmo argumento que ela usava contra a religião.

Um filme sensacional, com atuação estonteante de Jodie Foster e do resto do elenco, que nos faz pensar profundamente em questões sobre ciência e razão, fé e religião. E que nos deixa encucados com a possibilidade perfeitamente aceitável do ponto de vista lógico de não estarmos sozinhos num universo tão imenso - pois isso seria um tremendo desperdício de espaço, nas palavras do filme ;)
Recomendo uma rápida pesquisa sobre O PARADOXO DE FERMI para complementar o pensamento.

Tornou-se meu filme favorito! Pra quem vai assistir, FICA A DICA: tentem olhar além da ficção... O filme leva, aos mais atentos, à uma reflexão sobre o verdadeiro valor da razão. Um valor que foi perdido pela falta de ponderação pela parte do pensamento antropológico e pelos excessos da visão conservadora.
Acredito que mostra, mesmo que só um pouquinho, como deveria (ou quem sabe deverá) ser o estado de conhecimento/espírito do ser humano, algo que nem os maiores pensadores renascentistas nem os mais devotos religiosos conseguiram alcançar... Assistam, por favor!!!! rsrs

spoiler: Obs - minha parte favorita: quando a Dra. vê todas as galáxias e, ao invés de só ficar pasma, ela renega sua presença naquele lugar nesse instante e, chorando diz: "deveriam ter enviado um poeta, não um cientista"... isso é humano!!!

Ótimo filme, com boa temática, além de nos mostrar um bom conteúdo de ficção científica, fala também sobre como somos como humanos, Jodie Foster está fantástica e o enredo consegue te segurar na cadeira ! spoiler:
Como é terrível e angustiante você não ter o seu trabalho reconhecido

É realmente um dos melhores filmes de ficção científica que eu já assisti. O tempo todo temos a impressão de estarmos sendo vigiado mesmo sem uma prova concreta. Sem falar da eterna luta entre ciência e religião. Em uma palavra: FILMAAAÇÇOOO!!!!!

Um filme que tem um teor diferente de cinema, mas que na minha visão, decepcionou, onde tentou fazer de ato alienístico, uma sessão de entretenimento, falhou!!!!

O filme realmente é incrível, não poderia se esperar menos de um filme adaptado de uma das obras do grande Carl Sagan. Para os que gostaram do filme, assistam a série Cosmos de Carl Sagan é realmente extraordinária e nos faz pensar não só em astronomia mas também em nós mesmos.

Um enredo bem amarrado, uma história bem fundada, provocador nas questões de fé, honestidade consigo mesmo e sensatez para com a existência de fato é envolvente e arrebatador.

Sem dúvida um dos melhores filmes que eu já vi!
Baseado no romance do grande Carl Sagan, o filme traz uma ótima discussão entre fé e religião, mostrando como é tênue a diferença entre esses dois temas.

O filme foi baseado em um romance escrito por de Carl Sagan "Contato", escrito na década de 1980 e mais tarde transformado neste filme (embora que a ideia inicial do cientista realmente fosse um roteiro de um filme). Baseado em seu livro, o roteiro foi adaptado por James V. Hart e a direção foi de Robert Zemeckis. A trama conta a história de Ellie (Jodie Foster) que desde criança buscava indício de vida fora da Terra. Agora já adulta, virou uma importante (e ainda desacreditada pela comunidade científica) pesquisadora que ainda busca de forma incansável tal contato. Após ter recebido o contato, e decifrado tais códigos, os humanos são movidos a construir uma máquina para supostamente ter esse encontro. O filme tem uma interessante fotografia e uma atuação de primeira de Jodie Foster. Além de ser um dos clássicos filmes de ficção científica dos anos 1990. O filme faz diversas analogias em seus diálogos (alguns bastante profundos) sobre ciência e religião. Chegando a impasses filosóficos para isso ( a ideia de usar a navalha de Ockham não foi assertiva para a ideia do filme, talvez o uso de Nietzsche para simbolizar morte de Deus seria melhor). O filme tem grave problema de ritmo e encadeamento narrativo, além do roteiro por vezes procurar soluções mais idiotas possíveis para justificar tal ação (como a explosão da primeira máquina). Talvez alguns tenham odiado o encontro da Doutora com o et, mas creio que o salvamento do filme foi a cena de tribunal, pois a doutora mesmo sem provas, e se colocando no lugar dos seus acusadores, não abandonou seu lado cientista.

Adoro o livro que Carl Sagan escreveu imaginando como seria, em um mundo realista e atual, nossa primeira comunicação com uma civilização extraterrestre. Ele não apenas fez isso como abriu um pouco mais nosso leque filosófico ao ensaiar uma explicação que unisse ciência e religião, matemática e sentimentos.