Fitzcarraldo não é um filme excepcionalmente artístico, nem uma grande forma de diversão. Mas apenas ver nas telas a força de vontade, a garra e a determinação do diretor Herzog já dá ao filme o seu valor.
Para gravar esse filme o diretor e a equipe enfrentaram inúmeros problemas. Doenças desconhecidas, atrasos nas filmagens, mau acesso as locações de filmagem, e muitos outros. Mas quando o filme está prestes a acabar nós temos a sensação de que o Werner cumpriu o seu papel brilhantemente. Aquelas sequências onde o barco subia as montanhas é algo no mínimo incrível. Só de pensar no extremo trabalho que deu para fazer aquilo já deixa o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes para o Herzog mais que justo.
Tirando a direção o filme é extremamente simples e sem nada demais. O roteiro não contém partes de grande nível emocional, mas ainda assim ele transmite com perfeição os acontecimentos daquela trajetória. As atuações estão razoáveis, mas comparadas às de Nosferatu - O Vampiro da Noite (outro filme do Herzog) estão maravilhosas. O Klaus Kinski, mais uma vez, se destaca, dando tudo de si para interpretar o desgrenhado Fitzgerald (o mesmo do título) com perfeição.
Como já dito por muitos outros críticos, Fitzcarraldo não é a maior obra do Werner Herzog, mas mesmo sendo um filme tão "morno" ele ganha extrema importância por ser dirigido com determinação e maetria pelo mesmo.