Este era um dos slogans de Melancolia, filme de Lars von Trier que também abordava o tema do apocalipse: “O fim do mundo será belo”. Não desesperador, com massas de pessoas se suicidando e matando umas às outras pelas ruas, mas depressivo, intimista, mesmo bonito. A catástrofe planetária é igualmente vista simbolicamente em O Futuro, curioso projeto de baixo orçamento da artista-plástica-transformada-em-diretora Miranda July, sobre jovens adultos contemporâneos e sua incapacidade em amadurecer.
Ao contrário de Lars Von Trier, que criava uma versão operística do fim dos tempos, July, conhecida por investigar as angústias dos indivíduos, prefere fazer algo equivalente a um pequeno teatro de fantoches. Seu primeiro filme, o ótimo Eu, Você e Todos Nós, constituía uma homenagem otimista aos solitários homens urbanos. Desta vez, a cineasta cria uma pequena fábula sombria onde todos os element
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