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Enviada em 19 de julho de 2025
Vlado - 30 Anos Depois - Crítica

A verdade após 30 anos

O documentário dirigido pelo jornalista e cineasta João Batista de Andrade, (Vlado - 30 Anos Depois, Brasil, 2005) está intimamente ligado à história recente do jornalismo brasileiro.

O filme mostra um panorama do auge da ditadura dos anos 70, quando havia a censura prévia instalada pelo governo militar, que regulava os órgãos de imprensa no Brasil e durou até a primeira metade dos anos 80.

Esse documento nacional traz importantes depoimentos com formadores de opinião como: Elio Gaspari, Paulo Markun, Fernando Moraes, Konder, George Duque Estrada, Mino Carta, entre outros. A obra de Andrade esclarece como foi à morte do diretor de jornalismo da rede Cultura Vladimir Herzog, indicando cinematograficamente que ele foi assassinado pelo regime militar e não se suicidado como foi divulgado na época em 25 de outubro de 1975.

Hoje, passados 32 anos da morte de Vlado, esse documentário tem a oportunidade de registrar de forma totalmente livre e transparente a versão da família de Vlado. Foram ouvidos o irmão Ivo Herzog, a viúva Clarice e os jornalistas que foram torturados durante o regime militar. O filme é narrado de maneira extremamente corajosa, na forma de abordar como foram feitas as prisões e a execuções das torturas praticadas.

Certamente o momento mais marcante do DVD, é a homenagem ecumênica ao Vlado. Uma missa filmada na Catedral da Sé, em São Paulo, como forma de protesto silencioso que contou com a participação de oito mil pessoas. Vlado um cidadão correto e brilhante jornalista.

Basicamente a linguagem fílmica que predomina é a simplicidade, ângulo reto, câmera na mão, close, plano médio e plano geral.

Texto publicado originalmente em 2007

Sergio Batisteli é jornalista, criador de conteúdo do 'Blog do Sergio Batisteli - CineConecta'
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