Média
4,0
1133 notas
Você assistiu Ensaio sobre a Cegueira ?
5,0
Enviada em 23 de fevereiro de 2019
Adaptação da mais lida e aclamada obra de José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira. O diretor Fernando Meirelles conseguiu de forma genial retratar toda a filosofia reflexiva que o romance oferece. O próprio Saramago relutou em conceder sua obra para o cinema, mas chorou de emoção ao final da pré-estreia do longa ao lado de Fernando Meirelles. Ensaio trata-se de uma cegueira branca por excesso de luz que se espalha epidemicamente entre uma população não especificada. A cegueira se propaga na mesma velocidade do caos. Assim como o livro, o filme é uma parábola sobre a nossa cegueira interior: não enxergamos nossos semelhantes como são, a vida, o mundo e nem a nós mesmos. O contraponto dessa idéia é a personagem de Julianne Morre que não fica cega, mas finge ter perdido a visão para não se tornar porta-voz desse caos e portanto uma escrava dos "cegos". A medida que a degradação física e moral enfim manifesta bestialmente, mais dependente dessa personagem todos ficam. Um filme clínico, frio e contundente que tenta não se envolver para que toda a situação se desenvolva tragicamente e profundamente. Ninguém melhor que Meirelles para transpor com fidelidade, respeito e liberdade naturalista essa trama. Filmado em São Paulo, Montevidel e Toronto com participações magníficas de Alice Braga, Danny Glover, Gael Garcia Bernal, Mark Ruffalo entre outros. Produzido pelo Japão, Brasil e Canadá, o filme abriu o Festival de Cannes de 2008. Um filme para ser revisto, onde pode-se descobrir sempre novas camadas tácitas.
5,0
Enviada em 13 de maio de 2013
Filme espetacular originário do livro - igualmente incrível - de José Saramago. O filme é uma montanha-russa de sentimentos, gerando compaixão, repulsa, horror, deslumbre. Não diria que é um filme que faz as pessoas saírem tristes depois de assistir a ele, mas - antes de mais nada - privilegiadas. Forte e intenso, assim definiria.
5,0
Enviada em 9 de maio de 2014
Exelente! eu nao li o livro, e da pra saber que no mesmo deve se encontrar muito mais rico em detalhes, mas as cenas do filme, sao exelentes, e mexe perfeitamente com o psciquico de qualquer pessoa que tenha compaixao. Átimos do filme retratam de forma mais intensa uma sociedade onde vivemos nossa vida freneticamente esqueçemos daquilo que nos rodeia. Varias cenas me fizeram pensar bastante, como foi o caso do coito, forçado em troca de comida, porque existem pessoas de carater ruim, que mesmo em uma situação em que o dinheiro, as jóias, de nada siginificaria mas a dignidade, e a compaixao daquelas mulheres, fizeram com que mesmo as que nao eram mães, cuidassem dos outros como fruto de seu ventre. Enfim, um filme rico em boas cenas, envolvente, que nos faz pensar que o nosso táctil, um simples toque, um contato, algo que nos foi dado, passa dispersebido em uma sociedade tao corriqueira. Acresça-se que, quando o livro foi escrito, em 1995, ainda nao se tinha esse "prisma", ou essa optica diante da forma que ficaria nosso social, mas o José Saramago soube descrever nitidamente, sem nenhum embasamento científico que tornasse isso real. Acredito que por assistir esse filme no ano de 2014, torna-se bem mais impactante, em notar meu corpo social, "doente" como os cegos retratados no filme.
4,0
Enviada em 24 de outubro de 2014
Ótimo elenco, o filme nos prende a atenção do inicio ao fim, o enredo baseado no livro homônimo do Saramago é bastante original e inquietante, acabamos de ver o filme e ficamos nos perguntando o que essa história quis dizer, e são várias possíveis interpretações, vale a pena ver...
1,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Não gostei desses filme e vou explicar porque: Primeiro, o filme tinha tudo para seu um grande filme com um elenco de bons atores capitaneado por Julianne Moore, um diretor do quilate de Fernando Meirelles,baseado na obra de um dos maiores escritores da língua portuguesa: Saramago. Mas não é um grande filme.Ensaio sobre a cegueira é, acima de tudo, uma metáfora sobre a cegueira da humanidade, a cegueira da alma humana. Esse filme, mesmo sendo dirigido pelo competentissímo Meirelles se perde em meio à cenas confusas, algumas nojentas e sem sentido algum com atores que com exceção de Moore, não disseram a que vieram. Até Bernal está ruim. Uma pena, mas eu fico com o livro.
4,5
Enviada em 26 de junho de 2020
Fui atrás do filme por conta do livro, e um dos pontos positivos do filme é justamente que ele é muito fiel ao livro. Não é fácil transformar um clássico da literatura em um bom filme, pois sempre há muita contestação. Porém nesse caso, não há o que contestar - algo raro em adaptações. O filme de Fernando Meirelles faz jus à história de José Saramago. A história trata de uma pandemia que a medicina não consegue compreender, e logo na primeira cena do filme surge a primeira vítima. E assim a trama segue, intensa, até o fim, passando por diversos cenários de caos, desespero e superação. Destaque para o elenco que traz atores renomados de diferentes países: Alice Braga (Brasil); Julianne Moore e Mark Ruffalo (EUA); Gael Bernal (México), etc. Excelente produção e uma importante mensagem no final.
4,0
Enviada em 22 de janeiro de 2013
Já tinha ouvido falar desse livro, que é bem complexo, e por isso acho que deve ter sido muito difícil fazer um filme sobre ele. No meu entendimento, trata-se mais do que as pessoas são capazes de fazer para sobreviver do que a epidemia em si e é isso que torna a história diferente de outros filmes sobre epidemias. A ideia de sociedade e civilização é completamente perdida em situações extremas. O que torna o filme ainda mais interessante é que não se sabe onde é, os nomes dos personagens e não há uma explicação concreta de como começou ou como terminará a doença. É um filme para refletir e imaginar o que faríamos em situações semelhantes...
0,5
Enviada em 3 de novembro de 2015
CEGUEIRA DE QUEM ESCREVEU

Eles tinham os elementos necessários para uma boa analogia: Mostrar à sociedade o que realmente nos torna “cegos” ou insensíveis nos meandros das relações humanas.
Mas, não é isso que VEMOS em “Ensaio Sobre Cegueira”.

Nos deparamos com uma produção quase amadora, e imagino também, com baixo orçamento... mas não é isso que compromete o filme... O roteiro perde muito tempo em contextualizar a degradação humana causada por uma repentina e global endemia de cegueira, fazendo questão de narrar o OBVIO: Um cenário de mundo pós apocalíptico com cenas que estamos muito bem acostumados a ver em
filmes e seriados do gênero “zumbi” que enchem as telas e esvaziam nosso intelecto.

Quando o roteiro finalmente aborda situações interessantes, como as de preconceitos causadas por uma sociedade “atrofiada” pela cultura industrializadamente visual, o filme já esta em seus minutos finais e “estanca” a possibilidade de não acabar de forma superficial e medíocre.
5,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Excelente adaptação da obra do nobel José Saramago. A excelente interpretação de Julianne Moore (vestindo um personagem sutilmente enigmático) me levou, ao final do filme, a procurar pelo livro. A história nos remete a questionamentos a respeito do comportamento do ser humano diante do caos absoluto. Não existem pessoas exclusivamente "boas" ou "más" em sua essência. Após o filme, nos questionamos: somos tão mais racionais do que os macacos???
3,5
Enviada em 16 de setembro de 2018
O material fonte é excelente e o elenco é muito bom. Pena que a direção de Meirelles não foi tão inspirada quanto Cidade de Deus e o roteiro poderia ter sido melhor adaptado. Não acrescenta nada para a obra original mas também não compromete.
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