O filme relata as lembranças de uma velha mulher em seu leito de morte, onde nada mais a fazer a não ser esperar chegar a hora. E durante esse tempo retornam lembranças de sua juventude, os sonhos, os desejos de mulher, a esperança por bons tempos, o amor esperado, dentre outras coisas. Houve uma cena no filme muito interessante: quando a Meryl Strep (Lila na história) responde a amiga quando esta pergunta algo sobre Harris (que parece ter sido o seu amor que não prosseguiu)que "nós fizemos o que tínhamos que fazer." É uma frase interessante para se refletir sobre a vida, porque normalmente temos tantas expectativas, sonhamos tantos sonhos, desejamos tanto tantas coisas maravilhosas para o nosso futuro e a realidade está aí e nos diz o que foi possível fazer. Esse filme me marcou e espero viver bem o tanto que a personagem parece que viveu. Lila é mais convencional, formal, tranquila, conformada. Ann tinha grandes expectativas, mais romântica, idealizadora, sonhava ser grande cantora e parece que até o final da vida era uma insatisfeita com o seu destino, se cobrando muitas coisas. Foi aquela frase da Lila e o reconhecimento de que ela cantara lindamente em seu casamento e de como isso tinha sido importante para ela que fizeram Ann encontrar a paz antes de seu último suspiro. Realmente é belíssimo o filme, pois retrata que a personagem, apesar de idosa, ainda encontrava-se numa fase imatura. É triste perceber que se vive tanto e até o fim da vida se vê resquícios de imaturidade emocional em nós.