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    Festival de Cannes 2017: Relembre 20 filmes que foram vaiados em suas exibições

    O famoso tombo.

    Anos em desenvolvimento, meses em pré-produção, filmagem, pós e o diretor tira a sorte grande: é selecionado para o maior festival de cinema do mundo, o Festival de Cannes! Sonho que pode se tornar pesadelo em velocidade equivalente à do disparador das câmeras dos fotógrafos do tapete vermelho. BooooooooUhhhhhhh. O famoso péssimo hábito de Cannes. No momento em que o realizador e sua equipe esperavam ouvir "Bravo!", "Evoé!" e fortes palmas, vaias ecoam. Cai o castelo.

    Alguns filmes terminam com um empatado embate de pró e contra, como uma partida de futebol com torcidas equilibradas (A Árvore da Vida, Bastardos Inglórios, Beleza Adormecida, The Search); outros são recebidos com total indiferença ou risadas, o que pode ser pior do que a reprovação clássica (O Código Da Vinci, Aconteceu em Woodstock); outros, ainda, são alvo de manifestações contrárias na cerimônia de premiação (Sob o Sol de Satã, É Apenas o Fim do Mundo - na sala de imprensa -, Coração Selvagem, Pulp Fiction - Tempo de Violência). No slideshow acima destacamos vinte filmes que foram maciçamente reprovados vocalmente em suas sessões. Receberam saraivada de vaias. Acontece.

    Na atual edição as primeiras vaias foram para a marca da Netflix na abertura de Okja, mas o filme em si foi muito bem avaliado pelos críticos. Jupiter's Moon foi de fato o primeiro título rejeitado por alguns críticos, mas as vaias não foram estrondosas, segundo relato do representante do AdoroCinema na Croisette, Francisco Russo. O Festival de Cannes 2017 segue até o dia 28 de maio. Fique de olho em nossa cobertura diária!

    2016

    Personal Shopper, de Olivier Assayas. Kristen Stewart, vencedora do César, declarada "rainha de Cannes" por Thierry Frémeaux, diretor do Festival, não caiu nas graças da imprensa dessa vez. O descontentamento foi motivado em grande parte pela conclusão do suspense tecnológico fantasmagórico.

    2016

    The Last Face, Sean Penn. O romance virou comédia e as risadas durante os diálogos mais ridículos foram tão altas quanto as vaias no fim.

    2016

    Demônio de Neon, de Nicolas Winding Refn. NWR irritou tanto os críticos que vaias, risadas e assobios foram pouco. Pessoas ficaram de pé xingando a tela, um espanhol gritou que o longa era um lixo e a dedicatória à sua esposa, Liv, nos créditos provocou berros na linha “Fuck you, Liv!”.

    2015

    O Mar de Árvores, de Gus Van Sant. Ninguém gostou e o filme acabou lançado diretamente em DVD no Brasil.

    2014

    Lost River, de Ryan Gosling. Exibida na mostra Un Certain Regard, a estreia de Gosling na direção ganhou uma onda de vaias ao fim que foi crescendo, crescendo, até que começaram a aplaudir, mas as palmas foram insuficientes e o uhhh ganhou. "WTF" foi uma das reações favoritas críticos.

    2014

    Grace de Mônaco, de Olivier Dahan. Vaias e aplausos sarcásticos na sessão de abertura. Nicole Kidman, este ano com quatro produções no Festival, finalmente tem a chance de dar a volta por cima.

    2013

    Apenas Deus Perdoa, de Nicolas Winding Refn. Dizem que teve um solitário "Bravo!" tentando compensar.

    2009

    Anticristo, de Lars von Trier. Foi o choque do ano. Vaias, risadas, comentários em voz alta durante a projeção e um "antiprêmio" entregue ao diretor pelo júri ecumênico.

    2006

    Southland Tales - O Fim do Mundo, de Richard Kelly. Os 160 minutos (não finalizados) do filme foram descritos como "torturantes".

    2006

    Maria Antonieta, de Sofia Coppola. A vaia de abertura mais famosa de Cannes. E até hoje tem gente que nega e diz que não ouviu.

    2003

    Brown Bunny, de Vincent Gallo. Traumatizado pelas vaias e gargalhadas, Gallo declarou que jamais dirigiria outro filme e pediu desculpas aos financiadores.

    2002

    Irreversível, de Gaspar Noé. A famosa e longa sequência de estupro provocou 20 desmaios, vaias e a saída de 250 pessoas da sala durante a exibição. Os espectadores que resistiram até o fim aplaudiram.

    1996

    Crash - Estranhos Prazeres, de David Cronenberg. Bastante vaiado na sessão de imprensa, Cronenberg achou que a cena se repetiria na sessão de gala, mas apenas algumas desistências ocorreram durante a exibição.

    1992

    Twin Peaks - Os Últimos Dias de Laura Palmer, de David Lynch. Dois anos após ganhar uma controversa Palma de Ouro, o diretor voltou a Cannes com um prequel da cultuada série Twin Peaks. Nem os fãs aprovaram e o longa foi vaiado durante boa parte da projeção.

    1990

    A Voz da Lua, de Federico Fellini. O cineasta italiano se despediu de Cannes e do cinema (ele morreria em 1993) com o som nada agradável.

    1983

    O Dinheiro, de Robert Bresson. Outra aposentadoria de mestre ao som de vaias.

    1976

    Taxi Driver - Motorista de Táxi, de Martin Scorsese. Vaiado não apenas na sessão para a imprensa, mas também quando foi anunciado vencedor da Palma de Ouro.

    1973

    A Comilança, de Marco Ferreri. As cenas chocantes geraram vaias durante a projeção, espectadores vomitando, elenco e equipe agredidos... Um dos maiores escândalos do Festival, sem dúvidas.

    1966

    O Segundo Rosto, de John Frankenheimer. O astro Rock Hudson conseguiu alguns fracos aplausos quando subiu ao palco, mas Frankenheimer ficou tão desapontado que se recusou a falar com a imprensa no Festival.

    1960

    A Aventura, de Michelangelo Antonioni. Vaias, incompreensão e o diretor, temendo agressões, deixou a sessão correndo amparando a estrela Monica Vitti, que encontrava-se aos prantos.

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