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    Documentário sobre a relação de Debbie Reynolds e Carrie Fisher estreia na HBO em março

    Mãe e filha morreram em um intervalo de menos de 48 horas.

    No crepúsculo de um 2016 marcado por perdas no mundo das artes, duas mortes chocaram os fãs de cinema na semana derradeira do ano. Carrie Fisher, intérprete da Princesa Leia na franquia Guerra Nas Estrelas, morreu na terça-feira (27). No dia seguinte, sua mãe, a também atriz Debbie Reynolds, de Cantando na Chuva, também faleceu.

    A morte das duas mulheres que deixaram sua marca na sétima arte deu um aspecto novo ao documentário Bright Lights: Starring Debbie Reynolds and Carrie Fisher, que examina a relação de mãe e filha.

    Depois de ser exibido no Festival de Cannes e no Festival de Cinema de Nova York, o filme estreia na HBO em março de 2017. "É uma história de amor", define a produtora Sheila Nevins, presidente da HBO Documentary Films. "Carrie queria fazer Bright Lights pela Debbie e Debbie queria fazer isso pela Carrie." 

    Filha de duas das pessoas mais famosas do mundo do entretenimento americano, Carrie Fisher era filha de Reynolds com o cantor Eddie Fisher. Carrie e Debbie tiveram um relacionamento conturbado durante a vida, mas tinham se reaproximado nos últimos anos. A vida pessoal da família foi alvo de grande interesse público quando Eddie Fisher se divorciou de Reynolds para casar com a melhor amiga de sua ex-esposa, a atriz Elizabeth Taylor.

    Criada sob os holofotes, não demorou muito tempo para Carrie se envolver no mundo artístico e nas vida noturna de Los Angeles. A atriz teve sua primeira experiência com drogas aos 13 anos, aos 20 já tinha abusado do uso de heroína, cocaína, LSD e analgésicos e aos 28 foi parar na reabilitação pela primeira vez. Carrie também foi diagnosticada com transtorno bipolar antes dos 30 anos e mais tarde se notabilizou por trazes luz ao assunto da saúde mental como ativista, tratando do assunto em diversos livros e dando palestras sobre o tema.

    Durante um período de 10 anos, Fisher e Reynolds praticamente não se falavam. "Nós tivemos um relacionamento muito volátil quando eu tinha meus 20 anos. Eu não queria estar perto dela. Eu não queria ser a filha de Debbie Reynolds", disse Carrie em entrevista com Oprah Winfrey em 2011. "É muito difícil quando sua filha não quer falar com você e você quer falar com ela, você quer tocá-la, você quer abraçá-la", comentou Reynolds na mesma ocasião. "Foi um afastamento total. Ela não falou comigo por 10 anos. Esse foi o momento mais difícil de todos. Foi muito, muito doloroso."

    As duas começaram a se reaproximar quando Reynolds se divorciou do empresário Harry Karl em 1973, mas Reynolds já afirmou que levou aproximadamente 30 anos para que as duas pudessem superar o passado. 

    O romance semibiográfico "Postcards from the Edge", escrito por Carrie Fisher e publicado em 1987 abordou o complicado relacionamento entre mãe e filha. O livro foi adaptado para os cinemas no drama Lembranças de Hollywood (dir. Mike Nichols), roteirizado pela própria Fisher. O filme é estrelado por Meryl Streep e Shirley MacLaine.

    Debbie Reynolds segura sua filha bebê, Carrie Fisher. Foto tirada por volta de 1956.

    Debbie Reynolds com sua filha Carrie Fisher, com quase dois anos de idade, em 1958.

    Carrie Fisher observa sua mãe no palco em 1963.

    Reynolds e Fisher em 1972.

    Fisher e Reynolds no prêmio American Comedy Awards, em 1997.

    Mãe e filha na festa de aniversário de Elizabeth Taylor em 2007.

    Três gerações: Billie Lourd (filha de Carrie), Carrie Fisher e Debbie Reynolds durante a premiação Screen Actors Guild Awards em janeiro de 2015.

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