No início da história, há uma cena em que Paulo Della Santa (Francisco Cuoco) sonha estar enforcando um homem idêntico a ele. Para colocar o ator Francisco Cuoco contracenando com ele mesmo, pensou-se em produzir uma máscara de borracha, feita a partir do rosto do ator, que seria vestida por algum figurante. O problema é que a barba do ator atrapalhou a produção da máscara atrabés de um molde de gesso. Foi preciso um martelo, uma talhadeira e muita paciência para retirar a máscara, sendo finalizada somente após cinco horas dele preso, respirando por um canudinho no nariz.
Para escrever O Outro, Aguinaldo Silva fez uso de várias referências da literatura e do cinema, como Kagemusha, de Akira Kurosawa; O Duplo, de Dostoiévski; e O Segundo Rosto, de John Frankenheimer. Mas foi O Terceiro Homem, de Carol Reed, a principal fonte de inspiração do autor.
Para viver sua personagem, Zilka Sallaberry passou a integrar um grupo de ciganos, chegando a ser confundida com um deles.
Através do personagem Denizard (Francisco Cuoco), o autor Aguinaldo Silva fez uma homenagem a Allan Kardec, criador da doutrina espírita.