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    Shippados: Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch retratam as confusões do amor em tempos tecnológicos (Primeiras Impressões)

    O AdoroCinema teve a chance de conferir o primeiro episódio da nova aposta da Globoplay.

    Shippados. Desde o título, está claro como o estilo moderno da geração internet é fundamental para a nova comédia dramática do Globoplay. Depois de Os NormaisSeparação?! e Como Aproveitar O Fim do Mundo, os roteiristas Fernanda YoungAlexandre Machado voltam a explorar as diversas complicações e ironias de um romance — só que começam a usar a tecnologia como ponto de partida da observação.

    Em seu primeiro episódio, a série não tem maiores ambições do que cumprir a função básica de um piloto que se preze: apresentar seus protagonistas. Enzo (Eduardo Sterblitch) é um homem paranoico, nerd e completamente sem noção sobre como tratar outros seres humanos. Já Rita (Tatá Werneck) é uma pessoa falante, insegura e com sérios problemas de temperamento. Se eles são pessoas 'bugadas' na sociedade, é justamente um 'bug' num aplicativo de namoros que une os dois — dispensados após encontros desastrosos no mesmo bar.

    Além de seus figurinos juvenis, também é curioso perceber como ambos mantém fortes relações com a tecnologia, mesmo diante dos fracassos amorosos. Sem emprego, namorada e apenas cercado por loucos colegas de quarto (Clarice Falcão e Luis Lobianco), Enzo encontra alegria mesmo jogando videogame. Ao mesmo tempo, Rita apenas consegue se expressar verdadeiramente como youtuber, já que não é possível manter nenhuma conversa amigável com a controladora mãe, Dolores (Yara de Novaes).

    Logo de cara, a escalação de Tatá Werneck já surge como certeira. Ela é capaz de entregar o texto ácido e rápido de Young e Machado com tamanha naturalidade, que consegue extrair humor até em momentos dramáticos. Por outro lado, Sterblitch parece se concentrar em construir uma persona quase excêntrica demais — porém ainda traz 'aquele cara estranho' que todo mundo já conheceu em algum ponto de sua vida. A primeiro momento, quem rouba a cena é Yara de Novaes, numa figura cruel e barulhenta que é impossível não amar odiar. Outro destaque é a singela trilha sonora, encaixando perfeitamente na história.

    Não é justo julgar uma temporada completa a partir de um episódio, mas se Shippados conseguir equilibrar melhor um balanço entre drama e absurdo, tem potencial para se tornar a comédia romântica que finalmente traduz o olhar da geração atual. De qualquer forma, a equipe talentosa comandada por Patrícia Pedrosa já será o suficiente para começar um 'bromance' maneiro com o público.

    Ainda contando com Julia Rabello e Rafael Queiroga no elenco, Shippados estreia no Globoplay em 7 de junho.

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