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    O Mundo Sombrio de Sabrina: Um Conto de Inverno fala sobre maternidade de forma leve e contagiante (Crítica)

    Leia a crítica do AdoroCinema do episódio.

    Já virou tradição: a Netflix “roubou” o Natal. Nos últimos anos, o canal de streaming vem investindo forte em produções dedicadas ao período festivo, e o que começou com os filmes, agora se estendeu para as séries.

    Foi daí que surgiu “Um Conto de Inverno”, episódio especial de natal de O Mundo Sombrio de Sabrina que entra no catálogo como se fosse o capítulo onze da primeira temporada. Estreando neste 14 de dezembro, o episódio é uma espécie de conto solitário, que segue a cronologia da temporada mas funciona perfeitamente como um “filler”.

    O episódio se passa às vésperas do natal — ou, melhor dizendo, do solstício de inverno —, e mostra Sabrina entristecida lamentando nunca ter conseguido passar o feriado na companhia dos pais. Ela resolve fazer uma sessão espírita para convocar a mãe, a fim de ajudá-la a transcender, uma vez que sua alma estava presa no limbo. Ela conta com a ajuda das Irmãs Sinistras para isso. O problema é que, junto a Diana, alguns espíritos do mal encontram seu caminho para o plano terrestre.

    “Um Conto de Inverno” remete, de uma certa forma, aos tradicionais episódios de natal de Doctor Who, pois mistura momentos de perigo com uma leveza propícia, conferindo tensão às cenas necessárias, mas mantendo a essência de um episódio tipicamente “feel good”.  Isso, é claro, está longe de ser algo ruim. O Mundo Sombrio de Sabrina se propõe desde o início a ser um entretenimento leve, e aqui mantém esta mesma ideia.

    O grande diferencial deste episódio é o quanto ele é assumidamente espirituoso. Ainda que evoque os temas sombrios e os questionamentos de Sabrina (Kiernan Shipka) a respeito de seu romance com Harvey (Ross Lynch), de qual lado está a sua lealdade e do status de sua amizade com Susie e Roz, “Um Conto de Inverno” abraça o lado mais emocional da história pois aborda a maternidade em várias formas diferentes. Traz à tona o espírito protetor de tia Zelda (Miranda Otto), a ausência de Diana na vida de Sabrina e até mesmo um outro tipo de maternidade “problemática” e egoísta através de Gryla (Heather Doerksen).

    “Um Conto de Inverno” é um grande momento para O Mundo Sombrio de Sabrina, pois prova a força que a série tem ao utilizar toda a sua autointitulada “sombriedade” para tratar de um dos temas mais universais que existem. Sendo natal ou não, é a série em uma de suas melhores formas. Só faltou mais Salem.

     

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