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    The Walking Dead S09E07: Velhos personagens sob novos aspectos

    Michonne, Daryl e Jesus ganham destaque em sétimo capítulo da nona temporada. Confira nossa análise.

    ATENÇÃO! Contém spoilers do episódio 7 da 9ª temporada de The Walking Dead, "Stradivarius".

    O episódio anterior de The Walking Dead terminou com um cliffhanger de Rosita (Christian Serratos) e Eugene (Josh McDermitt) sendo perseguidos por uma horda de zumbis — que era acompanhada pelos Sussurradores (grupo, ainda inédito, que usa peles de mortos para se misturar aos zumbis e fala sussurrando, para não chamar a atenção). Entretanto, os novos "vilões" ainda não foram devidamente apresentados no sétimo capítulo da nona temporada da série.

    Por mais que o episódio comece com Rosita correndo, sedenta e ensanguentada pela floresta — caracterizando um dos poucos momentos em que TWD volta aos momentos "assustadores" —, e logo descobrimos que Eugene está desaparecido, o assunto está sendo levado a passos lentos e contidos, como é característico da produção. Ainda assim, ao contrário das temporadas anteriores, o novo ano parece estar focado em avançar a trama.

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    Ao invés de focar um capítulo inteiro em um só grupo como anteriormente, a série volta a investir em diferentes arcos — que se encontrarão mais para frente — e novas roupagens e aspectos para os personagens já conhecidos. Desse modo, o episódio é dividido em mostrar o novo grupo de sobreviventes, que está sendo escoltado por Michonne (Danai Gurira), Siddiq (Avi Nash) e D.J. (Matt Mangum) para Hilltop; Carol (Melissa McBride) e Henry indo visitar um amargo e solitário Daryl Dixon (Norman Reedus); e em explicar o que está acontecendo em Hilltop, com Jesus (Tom Payne), descontente, no comando e Tara como seu braço direito.

    Assim como o episódio anterior serviu para ambientar o público no novo momento de TWD, este faz o mesmo serviço para explicar onde está Maggie (Lauren Cohan) — com Georgie (Jayne Atkinson) e o grupo que troca discos por conhecimento, ajudando outra comunidade — e Daryl, vivendo no meio do mato, com seu cachorro chamado Cão e ainda procurando por Rick (Andrew Lincoln). Infelizmente, ele está certo de que o personagem não morreu; mas, aparentemente, todos o acham um louco.

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    Um dos destaques do capítulo, certamente, é a representação da amizade entre Daryl e Carol. A conversa entre os dois mostra que nada mudou entre eles; apesar de tudo ter mudado no mundo a sua volta. Talvez Dixon tenha ciúmes de que a moça casou-se com o Rei (Khary Payton) e foi cuidar de outra comunidade. Ele permance sendo egocêntrico, recusando ajuda. No fim, entretanto, aceita ir para Hilltop como um mentor ou guarda-costas para o idealista Henry. Nesse sentido, vemos o garoto sugerir uma atração por Enid. Será que mais um casal improvável surgirá?

    Enquanto Daryl vive uma vida a la Capitão Fantástico, Jesus, anteriormente tido como coadjuvante, ganha cada vez mais protagonismo. Eleito novamente como líder de Hilltop — especialmente por ser o único candidato —, ele adia assumir responsabilidades. Talvez por acreditar que Maggie eventualmente vai voltar; talvez por querer mais adrenalina em sua vida do que cuidar do dia a dia de uma comunidade — motivo pelo qual treina Aaron (Ross Marquand), agora com prótese, após perder o braço (será que pode haver uma possível chama de romance entre eles?). Tara (Alanna Masterson), por sua vez, está ficando menos chata e também ganhando seu espaço.

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    O ponto alto do capítulo, talvez, tenha sido de fato a relação de Michonne com o novo grupo. A personagem de Danai Gurira, ainda assombrada por traumas do passado e promessas que fez a Judith (Cailey Fleming), Rick e Carl (Chandler Riggs), tem dificuldades em confiar. Previsivelmente, ela não quer lhes dar armas (até que é necessário) e não quer levá-los pessoalmente até Hilltop (até que descobre sobre Rosita), mas amolece o coração quando destrói o violino Stradivarius (!).

    Nesse mesmo arco, temos vislumbres das personalidades dos personagens inéditos, especialmente como eles se tratam como uma família (foco na emocionante despedida do amigo que virou zumbi) e lutam com estilingues (!) em uma cena de ação bem filmada, o destaque vai para Luke. Aqui, Dan Fogler (Animais Fantásticos) faz um belo monólogo sobre como a arte, a cultura e música ajudaram os antigos humanos a superarem os neandertais. Isso denota o rumo que The Walking Dead está tomando para o futuro da série.

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    Conforme se aproxima da midseason final, The Walking Dead ainda dá margem para mistérios. O do desaparecimento de Eugene, uma resolução que deve acontecer em breve na temporada; um dos personagens mais inúteis ganhando destaque mesmo ausente. O perigo que está à espreita próximo de Hilltop. E uma curiosa cicatriz em forma de X que tanto Daryl quanto Michonne têm. Seria um pacto que eles fizeram após a "morte" de Rick?

    Com ação, emoção e ainda alguns tropeços, TWD parece que está tomando rumo, no que parece ser um novo começo idealizado pela showrunner Angela Kang.

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