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    5 maneiras de transformar 13 Reasons Why na terceira temporada

    Como solucionar os problemas da série após a renovação?

    Goste ou não, a terceira temporada de 13 Reasons Why já está confirmada. Se a primeira dividiu opiniões do público, mas foi aprovada por grande parte da crítica, a recepção ruim da segunda foi quase um consenso, embora os números provem que a série continua um sucesso de audiência do canal de streaming. Então, como tirar o melhor desta controversa (e amplamente critivada) renovação?

    Para responder a esta pergunta, o AdoroCinema lista cinco tópicos. Concorda com a gente?

    Esquecer o 'tragedy porn'

    Netflix/Divulgação

    O maior impulso dado às crítcas negativas tanto da primeira quanto da segunda temporada foi a abordagem explícita de cenas fortes. Na primeira temporada, o momento em que Hannah (Katherine Langford) tira a própria vida; na segunda, quando Tyler (Devin Druid) é estuprado com um cabo de vassoura no banheiro da escola. Ambas as cenas são incontestavelmente desagradáveis aos olhos, e sobretudo a primeira foi alvo de críticas por ser dita irresponsável com a ideação suicida que poderia causar.

    A marca registrada da série é, sim, tratar temas difíceis, mas para evitar os mesmos problemas, a solução seria evitar planos tão explícitos de cenas deste porte na próxima temporada. É possível trazer à tona temas delicados sem transmitir uma ideia tão agressiva (e às vezes prejudicial) de suas causas e consequências.

    Transformar Clay em um personagem simpático

    Sem Katherine Langford na terceira temporada, a série vai depender ainda mais de Clay (Dylan Minnette), Jessica (Alisha Boe), Justin (Brandon Flynn) e Alex (Miles Heizer). É certo que a presença de Langford sempre ofuscou os demais, mas agora os holofotes devem se voltar para Clay. Será que isso vai ser bom?

    Durante as duas primeiras temporadas, o personagem irritou mais do que agradou, sobretudo quando transformou os problemas de Hannah em dramas pessoais; a história não era sobre ele, era sobre ela, mas Clay não entendia isso. A solução seria mostrá-lo lidando com os traumas de maneira saudável, com a ajuda de um profissional, o que pode abrir caminho para ele se tornar um personagem mais agradável.

    Incluir os pais e a escola de forma consciente, sem vilanização

    A principal mensagem que 13 Reasons Why busca transmitir é que os adolescentes podem (e devem) buscar ajuda quando estiverem sofrendo bullying ou passando por qualquer problema de saúde mental, na escola ou na família. Mas a primeira temporada deixou os pais completamente alheios, sobretudo os de Hannah. A segunda, além de incriminar a escola, falha em esclarecer que, embora a escola deva estar atenta com os alunos, não é inteira ou absolutamente responsável pela decisão da jovem.

    O que fazer, então? A terceira temporada pode mostrar os pais ainda mais presentes e deixar que os adolescentes de fato se abram com seus responsáveis. Além disso, deve mostrar o corpo docente promovendo ações de inclusão e maneiras de fazer com que os jovens sintam-se confortáveis para compartilhar seus problemas. Ou seja: diretores, professores e psicólogos não são vilões. Na visão de um adolescente, podem até parecer. Mas não são.

    Responsabilizar Bryce

    Bryce (Justin Prentice) agrediu sexualmente mais de uma menina entre a primeira e a segunda temporada de 13 Reasons Why, e apesar de ter sofrido uma consequência, ao precisar trocar de escola e perder a bolsa para a Universidade, a ideia geral aqui é que a impunidade é a regra.

    E não é mesmo? Bem, na maioria dos casos, infelizmente, sim. Mas se a ideia aqui é oferecer uma visão esperançosa, o melhor a se fazer é mostrar o jovem sendo responsabilizado pelos crimes que cometeu. E que poderá continuar cometendo.

    Parar de fazer todo mundo sofrer

    Hannah sofre, Tyler sofre, Jessica sofre, Justin sofre, Clay sofre, Alex sofre, e se continuarmos listando todos os personagens, bem… a conclusão será a mesma: em 26 episódios, foram raros os momentos em que estes personagens conseguiram ter um momento genuíno de felicidade sem que sofressem consequências negativas depois.

    Sim, sim, nós entendemos, adolescentes têm problemas sérios e geralmente os adultos não os levam tão a sério assim. Mas existe um limite entre a verossimilhança e o exagero que 13 Reasons Why parece ter cruzado há tempos. E para que o sofrimento, em qualquer escala, tenha um efeito real, é preciso também haver um balanceamento com momentos leves, pois isso também leva o público à exaustão, sobretudo quando todos os problemas que os personagens sofrem não têm uma compensação. Um pouquinho de alegria faria bem, vai. Cadê a luz no fim do túnel?

     

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