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    The Walking Dead S08E02: Amargo reencontro

    Nossa análise do segundo episódio da oitava temporada de The Walking Dead, 'The Damned'.

    Negan sequer dá as caras no segundo episódio da oitava temporada de The Walking Dead, mas mesmo assim a sua marca está em todos os lugares, em todos os personagens.

    ‘The Damned’ é um episódio extremamente tático. A trama dá sequência ao plano iniciado por Rick (Andrew Lincoln) no cerco ao Santuário, e agora o time formado pelos moradores de Alexandria, Hilltop e o Reino seguem atacando variados postos de vigilância dos Salvadores. Enquanto alguns tentam conter o inimigo, outros tentam ultrapassar uma horda de zumbis, outros perseguem o possível inimigo e uma última dupla (Rick e Daryl) tenta encontrar o local exato onde os Salvadores guardam suas armas.

    Após oito anos, não há exatamente muita coisa nova que The Walking Dead tenha a oferecer, e o episódio faz um esforço para dar um novo gás à história, com uma trama restrita que vai sendo intercalada entre os vários núcleos menores em tarefas parecidas. Não é algo completamente inovador , mas funciona para tirar a série da letargia e imprimir uma sensação de urgência ao plano.

    Os momentos de destaque ficam por conta de alguns personagens específicos: Ezekiel (Khary Payton), exalando uma confiança em si mesmo e no plano que não parece ter vindo dele; Jesus (Tom Payne) e Tara (Alanna Masterson), que discutem matar ou não um inimigo — de forma que o arco narrativo retorna à ideia de se dividir entre a existência ou não de um lado bom ou um lado ruim, ou se os personagens são de fato bons se tomarem parte de atos ruins ou cruéis. E, por fim, o inesperado encontro de Rick com Morales (Juan Gabriel Pareja), sete anos depois, e do outro lado da guerra.

    The Walking Dead S08E01: Cem episódios depois...
    Gene Page/AMC

    Todo o episódio acaba navegando em torno de temas semelhantes, que discutem esta exata dicotomia entre ‘bom’ e ‘mau’. A própria história de Morgan (Lennie James)  — que para a surpresa de ninguém está vivo — se dedica a tratar deste assunto mais uma vez, sobretudo quando encontra Jesus, Tara e todos os Salvadores que haviam se rendido e entregado suas armas. “Não é isso que fazemos”, diz  Jesus. “O que é que nós fazemos, então?”, questiona Morgan.

    A tentativa de movimentar a história funciona em uma primeira instância, mas acaba trazendo uma inevitável repetitividade. Os questionamentos de Morgan caem no marasmo por si só, mas colocar Jesus neste mesmo caminho é um arco que não se agarra a momento algum do personagem em seu passado próximo. É cansativo porque é algo que já aconteceu, mas veremos se isso de fato vai dar em algum lugar… e que lugar seria este.

    O próprio retorno de Morales reforça a mesma ideia. Ele estava fora da jogada desde a primeira temporada, quando fazia parte do grupo de Rick no acampamento, mas volta ao cenário de um outro lado da história. Ele é um Salvador, e não ficou claro ainda o que exatamente aconteceu com a sua família ou como ele se transformou em um tipo de ‘vilão’. A reviravolta é potencialmente interessante, na ideia de fazer um personagem bom virar de lado e explorar o que o levou até Negan. Mas levanta outras perguntas; a escolha de Morales para ser o personagem que retorna é de fato estranha. O que ele terá a apresentar? Por que ele? Por que agora?

    Ainda veremos como ele será integrado à história e como os Salvadores irão responder ao ataque, mas o que você achou do episódio?

    Episódio: The Damned

    Escrito por: Matthew Negrete, Channing Powell

    Dirigido por: Rosemary Rodriguez

    Exibido originalmente em: 20/10/2017

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