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    The Flash e Supergirl cantam e encantam no crossover musical (Crítica)

    Episódio "Duet" traz um necessário respiro à temporada de The Flash.

    Kara descobriu o segredo de Mon-El e ficou muito irritada por todas as vezes que ele mentiu para ela, e agora ela terminou com ele e não quer vê-lo por enquanto. Barry pediu Iris em casamento para tentar alterar o futuro, mas ela descobriu as razões dele e pediu um tempo. Um vilão muito estranho apareceu na Terra 38 e de alguma forma fez a Supergirl ficar desacordada, fazendo Mon-El e J’onn a levarem até a Terra 1 para pedir a ajuda do time da S.T.A.R. Labs para salvá-la.

    And that’s what you missed on...

    Glee?

    Parece estranho, mas para os que lembram (e até sentem falta uma vez ou outra) dos tempos bons de Glee, o crossover musical de The Flash e Supergirl caiu como um presente. Se não pela oportunidade de ouvir Melissa Benoist e Grant Gustin cantando novamente (e consequentemente a perfeita desculpa para colocar a playlist de Glee para tocar sem julgamentos no Spotify), pela nostalgia da participação de Darren Criss no papel do vilão da história. Os Gleeks agradecem, Berlanti.

    Mas independente das referências a séries anteriores dos protagonistas, "Duet" foi um episódio que surgiu como um respiro dentro de uma temporada de The Flash que, de outra forma, está bastante cansativa e sem muitas surpresas agradáveis. Deixando de lado os vilões das temporadas das duas séries, o episódio se dedica à cantoria e a uma necessária diversão. E apesar de não ser exatamente muito elaborado ou profundo, é tão vivo e alegre que isso já basta. 

    O episódio traz o vilão Music Meister (Darren Criss) que chega à Terra de Kara Danvers com um objetivo misterioso. Ele quer... roubar os poderes da heroína? Não há muita explicação no início. Mon-El e J’onn a levam até a Terra 1 para pedir a ajuda de Barry, que é atingido da mesma forma que Kara. Os dois ficam presos em uma espécie de “universo de bolso”, controlado pelo vilão, e a única forma de saírem de lá é seguindo o roteiro de um filme musical.

    A autoconsciência do roteiro é o que tira o episódio de um lugar-comum e o torna divertido. Os personagens fazem piada com os facilitadores. Há uma estratégia muito inteligente para justificar a presença de todos ali, como Victor Garber e John Barrowman – que fazem parte de outras séries e não têm ligação direta com Flash ou Supergirl, mas são alguns dos talentos musicais da DCTV. É um episódio criativo e dinâmico, e os números musicais não deixam nada a desejar.

    Se há um problema com "Duet" é o fato de ele ter acabado rápido demais. Por isso, ele acaba sendo um episódio apressado em alguns pontos, e teria havido mais espaço para elaborar melhor a história se tivesse sido um episódio duplo – começando o musical em Supergirl, não apenas em The Flash. Este é um problema que já ocorreu no crossover em quatro partes de meados da temporada, e volta a causar um incômodo aqui.

    Mas talvez, apesar de toda a maravilhosa cantoria e a paz no coração que é a amizade entre Barry e Kara, o melhor de "Duet" é como ele evita um certo clichê. Um dos maiores problemas de episódios musicais, e isso acontece quase sempre, é o fato de normalmente tratar-se de um episódio isolado que não tem maiores repercussões para o arco central. É uma pausa na história para um episódio engraçadinho que não significa nada demais. Mas não foi o caso aqui.

    Há uma função exata deste episódio, que gira em torno dos relacionamentos dos protagonistas. E mesmo que tenha sido apressado no caso de Kara e Mon-El, seria pior assistir ao arco se arrastar durante vários sofridos episódios para chegar ao mesmíssimo resultado.

    Darren Criss tem uma participação curta, mas suficiente para cativar a audiência e deixar todos querendo mais de sua presença. Ele não é um vilão exatamente convencional, o que é uma característica igualmente bem-vinda. Há espaço para ele voltar em algum momento do futuro. O que você acha?

    O que esse episódio deixa claro é que as séries do ‘Berlanti-verse’ se saem melhor quando se levam menos a sério. Nem tudo é tristeza e melancolia, força de aceleração e dezenas de velocistas. Às vezes tudo de que Barry Allen precisa é soltar a voz em uma realidade imaginária com a sua 'Super Amiga' Kara Danvers.

    PS.: Não há resposta errada para a pergunta “Qual é a sua música favorita do episódio?”, mas ‘Super Friends’, composta por Rachel Bloom e Tom Root, é a mais divertida. Poderia ser o tema de abertura se a CW resolvesse fazer uma única série com Flash, Supergirl, Arrow e Legends.

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