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    Leia nossa crítica do crossover de Arrow, The Flash, Supergirl e Legends of Tomorrow

    SPOILER ALERT!

    Não é todo dia que quatro séries de heróis são exibidas pela mesma emissora. Com a transferência de Supergirl para a CW, era só uma questão de tempo para ver a prima de Clark Kent interagir com os personagens de Arrow, The Flash e Legends of Tomorrow. E finalmente esse grande crossover aconteceu! Mas criar tal evento televisivo não é tarefa fácil...

    ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS! LEIA POR SUA CONTA E RISCO!

    Intulado "Invasion!", o crossover é inspirado em uma série limitada de quadrinhos homônima da década de 1980, que traz os alienígenas Dominators invadindo a Terra, a fim de eliminar possíveis ameaças, como os "imprevisíveis" meta-humanos.

    Oficialmente, o combo chamado carinhosamente de "Legends of SuperFlarrow" foi vendido como um evento de quatro episódios, mas a história começa só nos segundos finais de Supergirl - uma cena que chega até a ser repetida no episódio de The Flash. Faz sentido que somente Kara (Melissa Benoist) viaje para Terra-1 e seja apresentada pra os demais heróis, mas é triste ver como os personagens de National City ficaram de fora dessa aventura. (Ps: Tendo dito isso, o episódio de Supergirl foi um dos melhores da temporada, numa bela forma de apresentar a trama para o público dos outros shows.)

    Sobre "Invasion!", uma coisa é clara: foi algo feito para os fãs - seja das séries ou dos quadrinhos da DC Comics. Se "marvetes" sonharam em ver os Vingadores nos cinemas, como não curtir um encontro de Flash (Grant Gustin), Supergirl, Arqueiro Verde (Stephen Amell) e outros heróis nas telinhas? As interações entre os personagens foram naturais e divertidas - com grande destaque para o carisma de Melissa Benoist e o alívio cômico de Dominic Purcell como Onda Térmica.

    Foi interessante ver que o primeiro episódio do crossover traz justamente uma briga entre os heróis - seja pelas consequências de Flashpoint ou nas sequências em que parte da equipe é controlada pelos Dominators. Se o público estava ansioso em ver esse time em ação, é ainda mais legal (por mais que seja errado) ver eles brigando entre si. Nesse momento, dá para ver como a CW investiu nos efeitos especiais - belo exemplo é a "corrida" entre Flash e Supergirl - e na coreografia das lutas, como o embate entre Arqueiro Verde e Canário Branco (Caity Lotz). 

    Porém, quando o crossover vai para Arrow, a história muda de rumo. Curiosamente, o 100º episódio da série de Stephen Amell caiu bem no meio do evento, então também surgiu como uma espécie de tributo para show. Para isso, os Dominators colocam Oliver, Diggle (David Ramsey), Sara, Ray (Brandon Routh) e Thea (Willa Holland) numa vida paralela e perfeita. É uma saída criativa? Sim. Mas atrapalhou completamente o ritmo dessa trama.

    Os retornos de personagens icônicos, principalmente da queridinha Laurel Lance (Katie Cassidy), foram emocionantes. Por outro lado, a necessidade de criar esta trama paralela apressou os acontecimentos dos outros episódios. Talvez seria mais interessante se isso acontecesse como o pontapé inicial do crossover, para então surgir a união dos heróis. Foi um belo 100º episódio, só está inserido no momento errado. (Ps 2: Mas foi bonito ver Sara finalmente matando Damien Darhk (Neal McDonough), mesmo que seja num mundo falso.)

    Quando chega a vez de Legends of Tomorrow, é curioso ver que os navegantes da Waverider não encontram o mesmo desenvolvimento que o pessoal de The Flash e Arrow. Tirando Stein (Victor Garber) e Sara, o episódio só encontra espaço para os Dominators e as ramificações de Flashpoint. Ao mesmo tempo que é importante perceber os erros do velocista, essa transformação de Barry em uma espécie de mártir cansa o público. Porém, isso é culpa da terceira temprada de The Flash, não de "Invasion!".

    E como a união faz a força, o clímax do crossover não decepciona. A grande batalha de heróis e alienígenas é bem construída e parecia ter saído diretamente das páginas de quadrinhos. Novamente, as coreografias e os efeitos visuais (bem satisfatórios, considerando o tamanho da emissora) trabalham perfeitamente, de tal forma que muitas coisas acontecem ao mesmo tempo, mas o público consegue acompanhar cada uma delas. Qualquer inspiração, em menor escala, com a cena do aeroporto de Capitão América: Guerra Civil não deve ser mera coincidência.

    Por fim, "Invasion!" teve seus defeitos e conveniências (Afinal, o presidente dos Estados Unidos morreu e ninguém ligou?), mas a experiência foi bem-sucedida e cheia de entretenimento. Como crossover, faz um belo trabalho para reunir os personagens dos quatro shows, ao mesmo tempo que continua arcos interessantes de certos personagens e solidifica a relação entre Oliver e Barry como base para esse grande universo televisivo da DC.

    Resultado? O crossover promoveu a melhor audiência semanal da CW em anos, então é aposta certa que uma nova reunião entre as quatro séries deve acontecer na próxima temporada. Enquanto os fãs esperam, vale lembrar que um crossover musical de The Flash e Supergirl já está marcado para 2017. Ou seja, longa vida aos heróis da TV!

    Observação final: Só o momento em Ray Palmer diz que Kara parece sua prima já valeu a pena toda essa jornada. Sensacional!

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