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    Divorce: Nossa opinião sobre o piloto da série da HBO com Sarah Jessica Parker

    Todo casamento está fadado ao fracasso.

    Desde o fim da série e dos filmes Sex and the City, Sarah Jessica Parker não conquistou papéis de peso no cinema e na televisão. Sua maior oportunidade desde 2010 acontece agora, novamente em parceria com a HBO. Em Divorce, a atriz interpreta Frances, uma mulher em crise no casamento com Robert (Thomas Haden Church). Nenhum problema específico aconteceu: ela simplesmente percebe, pelo desgaste, que não quer mais investir no relacionamento.

    A convite da HBO Brasil, o AdoroCinema assistiu ao piloto da série em pré-estreia. Leia abaixo as nossas primeiras impressões, sem spoiler:

    1. Casamentos não dão certo. O primeiro episódio é pessimista quanto às possibilidades do sucesso de um casal a longo prazo. Tudo leva ao fim do amor: a passagem do tempo, os filhos, as tentações de amantes... Uma festa de aniversário bem divertida, graças ao talento cômico de Molly Shannon, se torna o ápice desta ideia. Talvez não seja a melhor série para ver com o/a namorado/a em início de relacionamento. Se assistirem juntos, pelo menos vocês saberão o que os espera no futuro.

    2. Sem glamour. Apesar do cartaz embelezado, não espere uma personagem chique como a Carrie de Sex and the City, nem um caipira fracassado como Thomas Haden Church costuma fazer. Temos dois tipos médios, inteligentes e bem resolvidos, que não se encaixam muito bem em nenhuma caricatura. Por isso, o humor não nasce das trapalhadas dos personagens, e sim das situações que poderiam acontecer com qualquer um - dependendo do seu nível de azar.

    3. Mais drama que humor. Embora a definição mais precisa seja a de "comédia dramática", os momentos de tristeza do casal funcionam melhor do que as cenas cômicas, que ainda precisam encontrar um timing preciso ao longo da série. As piadas podem fazer mais sentido nos próximos episódios, quando os personagens se desenvolverem melhor. Por enquanto, o humor nasce do desconforto ou da humilhação. 

    4. Dois atores muito diferentes. Ainda é cedo para saber se a dupla principal funciona junta. Mas dá para perceber que os produtores escolheram dois atores em estilos quase opostos: enquanto Sarah Jessica Parker prefere as pausas e os momentos gaguejados dos diálogos (como nos tempos de Sex and the City), Thomas Haden Church vai do drama à comédia sem respirar, numa mesma frase. Ele fica mais à vontade com o humor negro e sexual do roteiro, mas no piloto, quem ganha maior destaque é ela.

    5. Ritmo lento. Não espere risadas a cada minuto, nem reviravoltas importantes. O ritmo do piloto é linear, calmo, sem pressa de apresentar personagens. Mesmo alguns segredos da dupla são revelados sem muito barulho. Até as cores são frias, a casa da família é simples e os figurinos são discretos. 

    Veredito: A série tem aspectos promissores, por lidar com a crise no casamento de modo adulto, e tocar em assuntos complexos como a traição e os filhos sem nenhum tabu. Mas o ritmo é monótono, e os personagens precisam se desenvolver bastante para cativarem o espectador. Ou seja, vale apostar na série, torcendo para que as coisas fiquem um pouco mais animadas na briga entre Frances e Robert.

    Nota: 3/5.

     

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