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    Comic-Con 2016: Powerless diverte ao retratar pessoas comuns em um mundo repleto de super-heróis

    Vanessa Hudgens e Alan Tudyk são antagonistas na primeira série cômica da DC.

    Se no cinema o Universo DC ainda está no início, com apenas O Homem de AçoBatman Vs Superman já lançados, na telinha o panorama é bem diferente. Várias são as séries de sucesso com personagens da DC Comics, como Arrow, The Flash, SupergirlGotham e Legends of Tomorrow. Tamanha repercussão possibilitou uma certa ousadia: uma série cômica, envolvendo o universo dos super-heróis. Assim é Powerless, cujo primeiro episódio foi exibido na Preview Night da Comic-Con 2016 - e o AdoroCinema estava lá!

    Protagonizado por Vanessa Hudgens, a série gira em torno de uma vendedora de seguros que ganha a vida com apólices que protejam seus clientes dos estragos ocasionais causados pelos heróis em combates com supervilões. Por mais que esta ideia dos seres superpoderosos serem responsáveis pelos danos causados já tenha sido explorada em Hancock, aqui a proposta é um tanto quanto diferente. Não apenas pela veia cômica explorada, mas também pelo contexto de um mundo habituado aos heróis servir de metáfora ao que, de fato, pode ser considerado heroísmo.

    É neste ponto que se encaixa Emily Locke (Hudgens). Ela é atenciosa, meiga, está sempre sorrindo, se veste de forma elegante e ao mesmo tempo conservadora, amiga de todos - nada muito diferente de sua personagem na trilogia High School Musical. Um dia, ao pedir à heroína Raposa Escarlate para que o salvamento realizado não atrase os passageiros de um vagão de trem, ela vira um ídolo local - ao menos em seu trabalho.

    Um dos aspectos mais interessantes de Powerless é que, já neste episódio de estreia, a questão do heroísmo é adaptada para o ambiente corporativo. E aí quem rouba a cena é Alan Tudyk, como o chefe antipático, fã de Lex Luthor, que no fundo é o supervilão da série. Os embates entre Emily e seu chefe movem o episódio-piloto, sempre buscando ressaltar o que deve ser feito sob o aspecto moral, de forma a favorecer os funcionários. No fim das contas, Emily possui um sentimento idealista que não é muito diferente do senso de justiça do próprio Superman.

    Além desta criativa adaptação, Powerless também brilha pelas ótimas piadas envolvendo super-heróis, alguns bem conhecidos do grande público. Ora ingênuas ora sarcásticas, por vezes surgem em meras citações indiretas - como o nome da cidade, Charm City - ou até na excelente abertura, que destaca coadjuvantes presentes em capas icônicas dos quadrinhos.

    Se por um lado este primeiro episódio já escancara certas limitações de Vanessa Hudgens como atriz, por outro trata-se de uma personagem leve que combina bastante com seu perfil. Bastante divertido, ao menos em seu episódio-piloto, Powerless promete ser um sopro de bom humor ao universo quase sempre carregado envolvendo super-heróis e seus arquinimigos. Vale a pena ficar de olho na estreia, agendada nos Estados Unidos para 2 de janeiro de 2017 e ainda sem data no Brasil.

    Nota: 4

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