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    Into the Badlands: Confira nossa crítica ao primeiro episódio da série!

    Série será exibida pela AMC no Brasil, a partir de 16 de novembro.

    Todo episódio piloto precisa não apenas apresentar os elementos básicos da série que está iniciando, mas também situar (ao menos alguns) rumos que seus principais personagens podem seguir. Isso, Into the Badlands cumpre de forma correta - até demais!

    Este universo paralelo, dividido em senhores feudais e seus exércitos, é rapidamente apresentado através de uma narração em off de cerca de 30 segundos, que situa de forma muito superficial a realidade política de momento. Logo em seguida o destaque fica por conta de Sunny (Daniel Wu), o homem misterioso com um jeitão de Neo, de Matrix (óculos escuros, cabelo curto, sobretudo parecido com uma capa). Não demora muito e lá está ele lutando com os inimigos, expondo toda sua habilidade nas artes marciais. É quando a série diz a que veio.

    Já pelo primeiro episódio, é possível dizer que Into the Badlands apenas existe graças à habilidade física de Daniel Wu. Por mais que suas lutas sejam bastante coreografadas, o que às vezes tira a brutalidade necessária para que se tornem convincentes, ainda assim é preciso destacar os malabarismos e acrobacias executados. O grande problema é a precariedade do que há em torno de Wu, que faz com que o episódio entre em sono profundo sempre que ele não está em ação.

    Este primeiro episódio dá vários indícios do que acontecerá. A doença do Barão (Marton Csokas, com um visual intencionalmente estranho) mais o descontentamento do filho (Oliver Stark) por ser preterido por Sunny mais a raiva da esposa (Orla Brady), devido às amantes do marido, apontam para uma conspiração palaciana nos moldes das que Shakespeare tanto gostava. Sunny, por sua vez, é a máquina de matar perfeita de devoção inabalável ao Barão – o que também insinua que, em algum momento, ele ficará contra a família do chefe. Apesar disto, ele sente-se prisioneiro de seu destino e, infeliz, não consegue levar a vida que gostaria. Este mesmo incômodo o leva a ajudar o jovem M.K. (Aramis Knight), encontrado preso dentro de uma caixa, após uma matança. Agora vivendo nos domínios do Barão, M.K. demonstra ter poderes, mas não tem a menor ideia de como controlá-los nem de como ativá-los. Seriam ecos de Eu Sou o Número Quatro, trabalho anterior da dupla de roteiristas Alfred Gough e Miles Millar?

    Com uma fotografia que claramente favorece o vermelho, Into the Badlands traz um universo repleto de clichês que tem como grande atração as tais lutas protagonizadas por Daniel Wu. Neste episódio, há duas: uma logo no início, quando M.K. é encontrado, e outra no desfecho, remetendo à conhecida luta na chuva de O Grande Mestre, de Wong Kar-Wai. Fora isto, há um punhado de frases de efeito (“vocês querem matar em meu nome?”, grita o Barão) e personagens que, aparentemente, não têm muito o que desenvolver além dos estereótipos que representam. Mas, ao menos nesta série, a impressão que fica é que isto não importa muito: basta que Daniel Wu mantenha-se em forma.

    O primeiro episódio de Into the Badlands será exibido em 16 de novembro, às 1h, no canal de TV por assinatura AMC.

     

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