Como toda série com temporada reduzida (aqui são apenas 10 episódios), Better Call Saul não se preocupou em perder muito tempo com introduções. O excelente piloto foi completamente focado em Jimmy McGill (futuro Saul Goodman), retratando um pouco das dificuldades que vivia seis anos antes de conhecer Walter White.
O segundo episódio segue neste clima, mas deixa a melancolia de lado para mostrar um pouco daquele advogado que aprendemos a amar em Breaking Bad. A primeira metade do episódio é eletrizante e bastante tensa, seguindo a ação ocorrida no final do piloto. Jimmy é obrigado a usar seus dons como advogado para tentar se livrar de uma enrascada. Vê-lo debatendo questões jurídicas com um perigoso bandido vai encher o coração dos fãs de BB.
Bob Odenkirk tem uma atuação incrível na pele do protagonista, sendo possível imaginá-lo na disputa de premiações como o Emmy e o Globo de Ouro. Após anos de domínio de Breaking Bad, será que Better Call Saul também vai deixar as demais séries para trás? É cedo para dizer, mas se continuar assim...
A série também tem se saído muito bem em dar pequenas pistas aos espectadores. A expectativa é que a recompensa venha em breve. São vários os "buracos" a serem preenchidos. Temos o passado (e o futuro) criminoso de Jimmy, temos uma possível relação amorosa com outra advogada e temos o enigmático Chuck (Michael McKean), figura neurótica e misteriosa, que mantém uma relação de amizade com Jimmy, mas que também não se importa em ignorar seus conselhos como advogado.
BCS tem tudo para seguir um caminho próprio, sem se preocupar em criar ligações com BB, embora visualmente as duas séries sejam muito parecidas, especialmente no que diz respeito à fotografia amarelada.
A série era uma das apostas de 2015 para a TV. Agora, após dois episódios, já é uma realidade. E você vai querer reservar uma horinha na sua semana para acompanhar a produção.