Em Mad Max: Estrada da Fúria, o destino da personagem Furiosa, interpretada por Charlize Theron, após os eventos do filme deixaram os fãs intrigados e curiosos. No entanto, o próprio diretor George Miller também não tem certeza de como ficou a vida da protagonista após deixar Max (Tom Hardy) para trás.
Em entrevista ao site The Hollywood Reporter, o cineasta afirma que imagina dois diferentes destinos para Furiosa: um final feliz e outra realidade em que a protagonista se torna vilã. Segundo Miller, a segunda hipótese seria interessante, porém utópico porque não se encaixa com a personagem que conhecemos no filme. O diretor esclareceu que essa linha de pensamento foi derivada da obra do autor americano Joseph Campbell, sobre heróis e vilões arquétipo, que o conduziu ao possível futuro de Furiosa.
"Campbell disse que na história usual, o herói de hoje se transforma no tirano de amanhã. O herói é um agente de mudança. Renuncia o interesse próprio em troca de algum bem comum. Se torna o porto seguro, uma ortodoxia. Desenvolve o dogma e depois tem que protegê-lo. Esse é por tendência o ritmo dessas coisas”, afirma o cineasta.
No entanto, George Miller gosta de acreditar que Furiosa é inteligente demais para se render a essa armadilha, até porque a personagem já teve uma demonstração de como isso afetou o destino do Immortan Joe, interpretado por Hugh Keays-Byrne, que passou pelo mesmo arco narrativo.
Apesar dessa discussão ter sido comentada pelo próprio diretor, novos detalhes sobre a Furiosa provavelmente serão descobertos apenas no spin-off de Mad Max, que foi confirmado por Miller em entrevista ao The New York Times. Porém, a nova produção não se trata do futuro da heroína, e sim do passado. A atriz Anya Taylor-Joy tem sido o nome apontado ao elenco do filme como uma versão mais jovem de Furiosa, mas a escalação ainda não foi oficializada.