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    As 20 Melhores Séries dos últimos 20 Anos, escolhidas pelo AdoroCinema

    Estas são as produções live-action televisivas que mais mexeram com nossos corações e mentes do ano 2000 para cá.

    Em 1º de abril de 2000, há exatos 20 anos, o AdoroCinema entrava no ar. Aproveitando a ocasião muito especial, reunimos nossa equipe para um desafio de respeito: escolher as melhores séries de televisão produzidas nos últimos 20 anos.

    Para chegarmos ao veredicto, cada votante foi convidado a escolher 50 séries que estiveram em exibição desde abril de 2000, sem ordem de preferência específica. Para nossa votação, levamos em conta apenas produtos live-action e ficcionais, ou seja, animações, documentários e reality shows não foram considerados. Somamos os votos e assim chegamos à lista de 20 obras que apresentamos a seguir.

    É claro que muitas séries memoráveis e dignas de figurar na lista acabaram de fora. Vale alertar que a lista não está em ordem de classificação, e sim de data lançamento, do mais antigo ao mais recente. Fique também atento ao fato de que metade das obras está nesta página, enquanto o restante está na próxima página. Sem mais tempo a perder, aqui estão as 20 melhores séries dos últimos 20 anos, de acordo com a equipe do AdoroCinema.

    E aproveite e confira também a nossa lista de 20 melhores filmes dos últimos anos.

    Friends (1994-2004)

    Há quem diga que Friends resistiu à passagem do tempo e às mudanças de gerações graças a sua constante disponibilidade em serviços de streaming. Também é verdade que, sob o olhar mais críticos de 2020, a trama sobre o sexteto de amigos que aproveita a vida mansa de Nova York não é exatamente à prova de tropeços e até seria digna de um ou outro "cancelamento" nas redes sociais. Mas há algo na química entre os personagens e suas rotinas banais que consegue gerar uma conexão real com qualquer tipo de público, por mais distantes que estejamos da utópica idealização bancada pela série. Se ainda hoje evocamos falas, trejeitos e memórias de Ross, Joey, Chandler, Monica, Phoebe e Rachel, é simplesmente porque essas figuras se tornaram maiores do que o mundo da ficção, existindo para sempre em algum lugar próximo de nossos corações nostálgicos.

    Pablo Miyazawa

    Família Soprano (1999-2007)

    Histórias sobre famílias de mafiosos estão no imaginário popular há tempo o bastante para se tornarem um gênero por si só. O fato é que não haveria Sopranos sem a trilogia Chefão de Francis Ford Coppola, por exemplo. E também há quem diga que sem Sopranos, não haveria Breaking Bad e seus derivados. Criada por David ChaseThe Sopranos (que aqui se tornou o mais amigável Família Soprano) levou a ambição televisiva a níveis nunca antes imaginados, chutando as portas para programas mais adultos, sinceros e realistas nos anos que se seguiram. Levando a sério sua premissa de jamais trazer soluções simples ou respostas mastigadas, a série terminou do modo mais brusco possível, deixando o público órfão e se perguntando até hoje o que diabos aconteceu. E é preciso louvar Tony Soprano (o saudoso James Gandolfini), o mafioso com ataques de pânico que aprendemos a amar e temer na mesma proporção.

    Pablo Miyazawa

    A Grande Família (2001-2014)

    Há quem diga que A Grande Família é a série mais tipicamente brasileira já realizada na história da teledramaturgia. Por mais que seja impossível concretizar esta afirmação de maneira tão categórica, a longevidade da obra já é suficiente para começarmos a entender o tamanho de seu fenômeno. Ao longo de 13 anos no ar, a história da Família Silva da Zona Norte do Rio foi responsável por traçar fortes paralelos a qualquer cotidiano da classe média. Talvez a capacidade de atravessar uma década entregando diferentes narrativas ao público da TV aberta venha da nossa própria fonte inesgotável de contar histórias entre família. Afinal, quem nunca sentou-se para a Ceia de Natal e acabou passando a madrugada partilhando os "causos" ocorridos ao longo dos anos? Seja com o icônico Agostinho, o metódico Lineu ou a adorável Dona Nenê, A Grande Família fez jus ao nome e refletiu na vida de seus espectadores, marcando o imaginário social de quem os acompanhou por tanto tempo.

    Ygor Palopoli

    Os Normais (2001-2003)

    Não há como falar sobre séries brasileiras de sucesso sem citar a histórica Os Normais. Quem não se lembra do conturbado e hilário relacionamento entre o casal Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres)? Mesclando elementos de televisão, cinema e publicidade, incluindo a metalinguagem típica das sitcoms norte-americanas, o programa de humor exibido na Rede Globo se tornou uma referência sobre como retratar o cotidiano brasileiro de forma original. Assim, a trama sobre um típico casal de trintões de classe média conseguiu penetrar nos elementos mais sutis, como paranoias, manias e preconceitos, gerando identificação imediata com o público. Exibida de 2001 a 2003, a produção também carrega méritos por ser um dos mais memoráveis trabalhos da saudosa e multifacetada Fernanda Young.  

    Vitória Pratini

    Lost (2004-2010)

    Como podemos falar de Lost sem citar seus inúmeros plot twists, pistas falsas e idas e vindas no tempo? Como não arrepiar ao lembrar das frases "Kate, nós temos de voltar" ou "Este não é o barco da Penny", ou da inexplicável sequência de números apresentada por Desmond -- 4, 8, 15, 16, 23 e 42? A série idealizada por J. J. AbramsDamon Lindelof e Jeffrey Lieber revolucionou o modo de se contar histórias misteriosas na telinha e até hoje provoca discussões quanto ao seu final polêmico (nós adoramos!). Focando no sobrenatural e em outras temáticas profundas -- graças ao desenvolvimento detalhado de cada personagem que fez ou não parte do acidente do voo Oceanic 815 --, Lost assumiu diversas formas e atravessou tantos altos quanto baixos ao longo de seis temporadas, mas sem jamais perder a essência enigmática que a fez ser tão amada desde seu histórico episódio-piloto.

    Barbara Demerov

    The Office US (2005-2013)

    Superando o tabu de ser uma versão "enlatada" de um original impecável (a aclamada série britânica criada por Ricky Gervais), o The Office norte-americano superou sua fonte de inspiração em fatores como alcance e longevidade, mas também brilhou com um estilo particular de humor que se aproveitava do carisma inabalável de seu elenco. É uma coleção de personagens variados e trágicos, mas nenhum mais deplorável do que Michael Scott, o "melhor-pior chefe do mundo", habilmente criado por Steve Carell, sempre perdido às voltas com o gerenciamento do aborrecido escritório da fábrica de papel Dunder-Mifflin. Acima de tudo, o The Office US ficou mais eternizado do que outras comédias ao estilo "mockumentary" porque carrega alma em meio ao constrangimento, o que nos ajuda a rir com menos culpa diante da miséria humana. 

    Pablo Miyazawa

    Mad Men (2007-2015)

    Mesmo cinco anos após seu surpreendente finale, Mad Men continua a ecoar nos corações de quem a acompanhou devotamente. Poucas séries trataram o glamour e a sedução de maneira tão natural e irresistível, sem para isso se apoiar em clichês ou oferecendo respostas que qualquer um compreenderia de cara. Ao longo de oito temporadas, acompanhamos a trajetória sessentista de Don Draper (Jon Hamm), exemplo de publicitário bem-sucedido, vendedor perfeito de sonhos e ilusões, mas amargurado por crises existencialistas profundas que iam além do que enxergávamos sob sua bela embalagem. Uma série de temática adulta que não necessariamente envolve crimes ou violência permanece uma raridade até hoje, e Mad Men surpreende amais quando percebemos que a série jamais ostentou uma sinopse clara que poderia ser definida em duas linhas. 

    Pablo Miyazawa

    Breaking Bad (2008-2013)

    Quando Breaking Bad estreou nas telinhas, há 12 anos, nem seu criador Vince Gilligan nem tampouco os fãs imaginavam que a produção se tornaria um fenômeno mundial. No entanto, a série estrelada por Bryan Cranston apresentou em Walter White um protagonista convencional e super identificável — um professor de química com câncer terminal — que acabou se corrompendo e se tornando um criminoso seduzido pelo poder. Ao longo de cinco temporadas, acompanhamos cenas que nos deixaram ora surpresos, ora incomodados e sempre sem fôlego. Parte relevante da chamada "Terceira Era de Ouro" da televisão norte-americana e vencedora de 16 estatuetas do Emmy, Breaking Bad ficará eternizada por seus roteiros impecáveis, atuações incríveis e episódios icônicos e memoráveis, como "The Fly" e "Ozymandias".

    Vitória Pratini

    Game of Thrones (2011-2019)

    Nunca houve nada parecido com Game of Thrones na televisão -- e isso não diz respeito apenas às pesadíssimas cargas de violência, sexo e traições a cada episódio, mas também ao seu impacto profundo muito além das telas. Domingo após domingo, o público acompanhou cada longo e extenuante capítulo com um olho na tela e o outro na rede sociais, como participantes apaixonados de uma guerra que não os pertencia. GoT foi um fenômeno midiático que se estendeu além de Westeros porque quebrou os clichês de gêneros ("não é só uma série medieval", tentavam explicar os fãs) e rendeu personagens e famílias maiores do que a vida, dignos tanto de amor incondicional como de ódio mortal. Claro, havia dragões, bruxas, combates com espadas e considerável pompa e circunstância da realeza, mas o drama das relações humanas e da política por trás dos panos mostrou-se saborosamente irresistível, tudo extraído da obra impecável de George R.R.Martin -- a qual, ironicamente, ele ainda não terminou de escrever.

    Pablo Miyazawa

    Black Mirror (2011-presente)

    A série britânica de histórias fantásticas é dependente das situações distópicas que torcemos que jamais aconteçam na vida real, mas que cada vez mais parecem possíveis. Chega a ser irônico que cada ocasião chocante da vida real nos evoca a máxima "isso é muito Black Mirror", sem percebermos que é a realidade que tem oferecido cada vez mais combustível para as tramas da ficção. O criador Charlie Brooker é um contador de histórias corajoso que não se furta a tocar em nossos medos profundos quando se trata do futuro sombrio que está reservado às próximas gerações. Cada episódio é totalmente diferente do outro, e ainda assim, todos parecem parte de uma mesma premissa: a de que não importa para que lado estejamos nos dirigindo, o amanhã promete ser pior, ainda que venha disfarçado de melhor. 

    Pablo Miyazawa

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