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    Roteirista de Podres de Ricos abandona sequência por divergência salarial

    Warner teria oferecido 110 mil dólares para Adele Lim, enquanto seu colega Peter Chiarelli receberia quase 1 milhão para a mesma função.

    O sucesso de Podres de Ricos nas bilheterias mundiais foi tão grande, que transformou o filme em um verdadeiro fenômeno. Com uma visibilidade tão estrondosa, os problemas começaram a surgir. Primeiro, o conflito de agendas do ocupado elenco obrigou a Warner a filmar as duas sequências de uma vez só. Agora, uma das co-roteiristas, Adele Lim, abandonou o projeto por conta de divergências salariais.

    Segundo o The Hollywood Reporter, o outro roteirista envolvido nos longas, Peter Chiarelli, que atualmente trabalha em seu quarto roteiro de cinema, receberia uma quantia consideravelmente maior que a de Lim, uma experiente roteirista de TV que teve com Podres de Rico sua primeira experiência na indústria cinematográfica.

    "Ser avaliada dessa maneira faz eu sentir que é assim que eles vêem as minhas contribuições", declarou Lim, ressaltando que mulheres e profissionais de outras etnias são tratados como "molho de soja", contratados apenas para questões culturais específicas, em vez de serem creditados como profissionais essenciais na elaboração da história.

    Lim se recusou a falar de números, mas fontes do site disseram que a Warner ofereceu entre 800 mil e 1 milhão de dólares para Peter Chiarelli e cerca de 110 mil dólares para Lim. A Warner, por sua vez, alega que as quantias são estabelecidas pelo padrão da indústria, com base na experiência do profissional, e abrir uma exceção criaria um precedente preocupantes nos negócios.

    Depois que Lim desistiu das continuações, os produtores da Color Force, responsável por Podres de Ricos, passaram cinco meses tentando encontrar escritores de ascendência asiática para substituí-la. Sem sucesso, eles recorreram à Lim novamente, em fevereiro deste ano, e fizeram uma nova oferta, com um valor mais próximo ao de Chiarelli, que se ofereceu para dividir seu salário com ela, mas a roteirista recusou.

    "Peter foi incrivelmente amável, mas o meu salário não deveria depender da generosidade do roteirista-homem branco. Se eu não consegui equivalência salarial estando em Podres de Ricos, eu não consigo imaginar como seria para qualquer outra pessoa, já que o nosso valor é atribuido pelo número de falas usadas em outros filmes, mas para os quais mulheres de outras etnias nunca são contratadas. Não há uma maneira realista de alcançar a verdadeira equidade dessa maneira".

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