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    Representação LGBT em filmes cresce em 2018, mas estúdios ainda pecam com personagens transgênero e negros

    O relatório do GLAAD apontou que, entre os sete grandes estúdios, subiu o número de personagens LGBT nos principais lançamentos de 2018.

    Dos 110 filmes distribuídos pelos sete maiores estúdios de Hollywood em 2018, 20 contaram com personagens LGBT. O número é um avanço em relação ao resultado de 2017 (14 de 109), mas ainda assim, a indústria precisa dar grandes passos em prol da representatividade.

    Os dados são do novo relatório do GLAAD, o instituto (Aliança de Gays e Lésbicas contra a Difamação) que, há sete anos, conduz pesquisas sobre a participação de personagens de minorias LGBT em filmes e séries nos Estados Unidos. 2018 trouxe o segundo melhor resultado nas telonas já obtido pelo estudo, atrás apenas de 2016 (18,4%, ou 23 entre 125 filmes).

    "[Os estúdios] estão finalmente discutindo sobre os pedidos da comunidade LGBTQ e aliados no mundo, que querem ver mais diversidade nos filmes", declarou a presidente do GLAAD, Sarah Kate Ellis.

    Ainda que os resultados sejam positivos, o estudo aponta para os principais pontos de melhoria: nenhum dos 110 filmes abraçados da lista conta com personagens transgênero, e também houve queda na inclusão racial.

    Um outro ponto de atenção é que mais da metade dos personagens LGBTQ recebeu menos de três minutos de tela, enquanto nenhum dos 18 filmes animados destinados "para a família" contou com personagens desta minoria — algo que aconteceu pela primeira vez na história do relatório.

    Em uma seleção por estúdio, a 20th Century Fox (que agora pertence à Disney) fez o melhor trabalho, trazendo personagens LGBT em 40% de seus lançamentos. Em contrapartida, a Disney teve o pior resultado, com 0% de representatividade em seus 10 maiores filmes do ano.

    Filmes como A FavoritaPoderia Me Perdoar?Com Amor, Simon estão entre os grandes destaques da Fox. Boy Erased - Uma Verdade Anulada, Duas RainhasAniquilaçãoDeadpool 2 também estão no escopo do estudo.

    "Essa incerteza e as grandes mudanças no cenário em que estamos na mídia realmente criam uma preocupação em relação a diversidade e inclusão", afirmou Megan Townsend, diretora de pesquisas de entretenimento do GLAAD, à EW. "Não sabemos o que vai acontecer no relatório do ano que vem, mas sabemos da inconsistência que se repete anualmente neste estudo. Estamos monitorando o espaço todos os dias e mantendo os olhos abertos. Agora, com seis grandes estúdios, estamos atentos a grandes oportunidades para mais personagens LGBT nos filmes que foram recentemente anunciados e que estão chegando no ano que vem."

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