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    Festival de Cannes 2019: “Era feito Los Hermanos tendo que responder se vai tocar Ana Júlia”, ironiza Kleber Mendonça Filho sobre expectativa de protesto

    Bacurau estreou no festival na última quarta-feira, na esteira de Aquarius, que fez barulho no tapete vermelho em 2016.

    “Desde que o filme foi anunciado na competição em Cannes, que os jornalistas perguntavam para a gente: ‘como é que vai ser o protesto?’ e ‘qual é o protesto que vocês vão fazer?’ Era feito Los Hermanos tendo que responder se vai tocar ou não ‘Ana Júlia’”, brincou o diretor Kleber Mendonça Filho, em relação à expectativa de que a equipe de Bacurau fosse se manifestar no tapete vermelho do festival francês, onde o filme estreou, na última quarta-feira.

    O “aguardo” vinha na esteira do protesto realizado no mesmo tapete, em 2016, no lançamento de Aquarius, quando o cineasta e cia. carregaram cartazes denunciando que “um golpe aconteceu no Brasil”. (Relembra abaixo).

    Getty Images

    “A gente fez o protesto em 2016 porque o mundo ainda não estava entendendo o que estava acontecendo no Brasil”, explicou Kleber ao AdoroCinema. No contexto atual, ele acredita, “A imprensa internacional tem feito um trabalho que eu considero ok de relatar os absurdos cada vez maiores e gritantes que estão acontecendo no Brasil”. “Então, a gente realmente achou que a melhor coisa era simplesmente mostrar Bacurau”.

    Confira no vídeo acima a entrevista, realizada na quinta-feira, também com o codiretor do longa, Juliano Dornelles. Na reportagem, eles falam sobre a história do filme, a dinâmica dos festivais, repercussão da crítica. E (a falta de) protesto, claro.

    O longa ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

     

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