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    Morre Bibi Andersson, atriz de O Sétimo Selo e Quando Duas Mulheres Pecam

    Atriz descoberta por Ingmar Bergman tinha 83 anos de idade.

    Keystone-France/Gamma-Rapho via Getty Images

    Bibi Andersson, a aclamada atriz sueca que atuou em mais de uma dúzia de filmes de Ingmar Bergman, faleceu ao 83 anos de idade no último domingo (14). A informação foi confirmada à mídia sueca pela amiga de longa data de Andersson, a diretora Christina Olofson.

    Andersson começou a atuar na adolescência e teve uma ampla carreira no cinema, na televisão e no palco, mas foi mais conhecida por seu trabalho com Bergman. Ele a descobriu enquanto dirigia um comercial de sabão em 1951 e a escalou quatro anos depois para trabalhar em uma única cena de Sorriso de uma Noite de Amor. Ela iria aparecer em 13 de seus filmes da década de 1950 até a década de 1980.

    Inicialmente, a atriz foi considerada para papéis que exaltavam sua beleza loira estereotipada, representando a inocência e a pureza da menina, em filmes como O Sétimo Selo (1957) e Morangos Silvestres (1957). No entanto, Bergman logo viu que ela tinha talento para mais e, neste segundo filme, também a escalou como um caroneiro de língua afiada, fumando cachimbo, com um corte de cabelo curto.

    Na Europa, ela foi honrada por seu trabalho. Andersson ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes em 1958 por No Limiar da Vida — dividindo a honra com suas três colegas de elenco — e melhor atriz no Festival de Berlim em 1963 por A Amante Sueca. Foi só em 1966, no filme Quando Duas Mulheres Pecam, que Andersson ganhou reconhecimento internacional. Sua intensa atuação rendeu a ela seu primeiro de quatro prêmios Guldbagge (o equivalente sueco ao Oscar). Ela, então, foi notada em Hollywood, aparecendo em produções como Duelo em Diablo Canyon (1966), Carta ao Kremlin (1970) e Quinteto (1979). Mais tarde na vida, Andersson apareceu principalmente em papéis na TV europeia, incluindo o drama de aventura medieval Arn, originalmente feito como uma minissérie, em 2010. 

    A atriz também teve uma promissora carreira teatral, que incluiu três décadas de trabalho estrelando clássicos de Shakespeare, Molière e Chekhov, e duas aparições na Broadway. Ela também também trabalhou como diretora de teatro na Suécia, dirigindo várias peças. Durante a guerra civil na Iugoslávia, ela encabeçou várias iniciativas para levar o teatro e outras formas de cultura à região atingida pela guerra.

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